«A fim de se sentir livre e à-vontade na caça aos lucros, o capitalista quebra os laços de amizade e de amor; onde houver um ganho a realizar, não conhece amigo, nem irmão, nem mãe, nem mulher, nem filhos.
Passa por cima das vãs demarcações que parqueiam os mortais numa pátria ou num partido; antes de ser russo ou polaco, francês ou prussiano, inglês ou irlandês, branco ou negro, o capitalista é explorador; não é monárquico nem republicano, conservador ou radical, católico ou livre-pensador senão para além do combinado. O ouro tem uma cor; mas, diante dele, as opiniões dos capitalistas não têm nenhuma.»
Paul Lafargue