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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Apenas há avanço porque há universidades públicas


«Nuno Crato incentiva a mediocridade. O título da entrevista do presidente da FCT, que o ministro da Educação tutela, é toda uma tese de doutoramento. Diz ele: "Queremos que a ciência esteja cada vez menos dependente do Orçamento do Estado." Cá está o liberalismo de pacotilha: tudo o que é Estado é horrível, tudo o que é privado é o nirvana. Não importa ao dr. Seabra que os grandes avanços científicos que abriram caminho a coisas tão prosaicas como a internet, o GPS, a nanotecnologia - isto é, o iPhone, o iPad, medicamentos espantosos e outras maravilhas da economia privada - tenham na sua origem investigação paga e dirigida por dinheiro público. (...) Silicon Valley e os míticos empreendedores de garagem existem, sim, mas em regra beneficiam do esforço incremental que foi (é) desenvolvido por universidades e laboratórios financiados pelos impostos.»

André Macedo (in Ladrões de Bicicletas)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mais uma vez no Street View




After almost five years, we still can feel the thrill of painting this spot in Cascais Downtown: every now and then people were passing by, walking up and down the street, even a squad car drove around a few times... That's why it took us a couple of hours to spray on such a small surface (it was hard to stay invisible!).
One year after that night, we published here some daylight photographs taken of that shining gold Artwork.
Now that it doesn't exist anymore, it's still alive on the internet, with a little help of Google Street View ;)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Todos a pagar os impostos dos mais ricos


"Ao mesmo tempo que fecha Portugal a toda uma jovem geração qualificada e a empurra para a emigração, o Governo abre as portas a imigrantes endinheirados que não querem pagar impostos nos seus países. Estamos a falar de vistos gold e do "regime fiscal dos residentes não habituais".

Estes regimes de privilégio permitem que os novos imigrantes endinheirados se estabeleçam em Portugal, ou finjam estabelecer-se. E, assim, passem a pagar no nosso país impostos inferiores, não só aos que pagariam nos seus países, como aos que os portugueses com rendimentos similares pagam em Portugal. [...] não é por essa entrada imediata de dinheiro poder ser útil que o regime de privilégio deixa de ser moralmente repugnante. Por que razão deve um imigrante endinheirado pagar a mesma taxa de imposto, ou uma taxa ainda menor, que qualquer outro imigrante ou qualquer português?

Por outro lado, quando observamos as relações entre os países e as sociedades, este regime de privilégio surge-nos estúpido. Assim como Portugal, outros países da União Europeia (UE) estão a tentar atrair capitais de forma semelhante - Malta, Espanha, Bélgica e Reino Unido, etc. Isto significa que ao mesmo tempo que os ricos desses e de outros países escolhem Portugal como paraíso fiscal, os ricos portugueses podem refugiar-se em paraísos concorrentes. Temos, então, uma Europa em que cada país troca os seus ricos pelos ricos do parceiro em detrimento de todos. O povo paga para que ricos possam gozar de privilégios fiscais. Isto faz algum sentido? [...]

Muitas vezes os grandes desastres nas sociedades humanas parecem--nos loucura, mas acontecem. Designadamente, quando impera a lógica de colocar todos contra todos em benefício de meia dúzia.  

Em alternativa a esta injustiça, a UE poderia substituir a concorrência fiscal pela criação de um regime fiscal verdadeiramente harmonizado. Poderia e isso significaria "mais Europa". Mas a imposição do capitalismo neoliberal não permite essa via. Os poderes dominantes nesta UE conseguem harmonizar tudo o que seja importante para a liberdade de circulação de capitais e mercadorias, para enriquecer os mais ricos. Mas jamais harmonizam regras básicas, com sentido de progresso, digam elas respeito à fiscalidade ou à garantia de direitos sociais e, muito menos, se disserem respeito aos direitos no trabalho. 

É por estas e por outras que a UE está a deixar de significar, para cada vez mais europeus (e não-europeus), uma promessa de cooperação e progresso, para se transformar numa perigosa ameaça aos direitos, à dignidade e à prosperidade. E por extensão à própria paz, arrastando, no caminho da borrasca, a destruição da democracia."

Manuel Carvalho da Silva (sociólogo, ex-Secretário-Geral da CGTP-IN)

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Google Street View



It´s not the first time we talk about Google Street View. 
Once again we are publishing a picture available in the internet. It was taken almost five years ago, no wonder it is out of date, as you can see comparing it with the photograph we took yesterday.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dalaiama Street Art Empreendimentos Imobiliários Lda.


Agora sim damos por concluída a edificação do condomínio que vem causando furor no mercado imobiliário!

Habitações que favorecem um contato próximo com a Natureza e uma esplendorosa vista para o incomparável mar de Cascais!

Compreende-se que os círculos elevados dos mais notáveis do capital financeiro, nacional e internacional, tenham selvaticamente (mas de modo elegante) disputado entre si a compra das últimas unidades.

Os superiores padrões de qualidade deste empreendimento, caracterizado por uma arquitetura discreta, hipocritamente modesta, interiores faustosos com excelentes acabamentos e totalmente equipados com a mais alta tecnologia germânica, consubstanciam a incontestável vantagem competitiva que justifica o seu preço premium.

Apenas acessível aos bolsos mais opulentos, somente uma minoria dentro da elite mais minoritária conseguiu adquirir as últimas unidades postas à venda.

UM SUCESSO! O DOCE CAPITALISMO NO SEU MELHOR!

sábado, 25 de janeiro de 2014

So A Thief Cannot Steal From You


“You must remember always to give, of everything you have. You must give foolishly even. You must be extravagant. You must give to all who come into your life. Then nothing and no one shall have power to cheat you of anything, for if you give to a thief, he cannot steal from you, and he himself is then no longer a thief. And the more you give, the more you will have to give.”

William Saroyan

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A TROIKA É UM BANDO DE ASSASSINOS


"Christine Lagarde, Ângela Merkel, Mário Draghi, Durão Barroso e Olli Rehn são um bando de assassinos, um bando de ladrões, torturadores e assassinos.
Passos Coelho e Vítor Gaspar são dois ladrões, torturadores  e assassinos.
A coligação Ângela Merkel + SPD é puro nazismo de segunda geração. O lema de Hitler era a Alemanha acima de tudo, o lema da coligação Ângela Merkel + SPD é a Alemanha acima de tudo.
Foi a Alemanha que provocou a guerra civil na Jugoslávia, através do dinheiro, dos tanques, dos canhões, das metralhadoras e das espingardas de alta precisão para matar crianças e mulheres na rua, por atiradores furtivos, que deu à Croácia. Foi a Croácia, pressionada pela Alemanha, que deu início à guerra-civil na Jugoslávia.
[...]
O papel da Troika é roubar, torturar e matar pessoas, como tem feito na Grécia e em Portugal."

José Freitas

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Almost Ready


Após algumas ampliações da zona de lazer, para atender às exigências de última hora de clientes ainda mais abastados, agora sim a construção do luxuoso condomínio está próxima da sua conclusão.

Dalaiama Street Art Empreendimentos Imobiliários Lda.
Apenas para a excelência dos milionários mais seletos.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Poetry Keeps Brain Alive



“Poetry is as necessary to comprehension as science. It is as impossible to live without reverence as it is without joy.”

Henry Beston [The Outermost House: A Year of Life On The Great Beach of Cape Cod]

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Manifestação provocativa de um saber


"Todo trabalho cultural requer um mínimo de compromisso com uma determinada
forma ou sistema de saber. O objeto artístico é resultado de uma pesquisa
especializada para interrogar a própria natureza da arte. [...] Estranha, a obra de arte é aquilo que é reconhecido como manifestação de um saber. Uma aventura imprevisível, um jogo sem fim, com regras sendo inventadas a todo momento, sem ganhador nem perdedor. A arte está sempre nos propondo mais problemas que soluções. Uma relação de tensão e desconfiança passou a reger a arte contemporânea, pela sua condição de ser provocativa e recusar a contemplação passiva."

Almandrade (artista plástico, poeta e arquiteto)

domingo, 19 de janeiro de 2014

Luminosidade (dimensões da cor #3)

 

Ao falarmos em Luminosidade (ou luminância, ou brilho, ou clareza) completamos esta breve sucessão de referências às 3 dimensões da cor. 

Hoje tratamos do equivalente, em termos cromáticos, aos valores de claro-escuro identificáveis numa escala de cinzentos, com o branco absoluto na posição superior (valor mais alto) e o preto absoluto na posição inferior (valor mais baixo). 

Temos assim que, das seis cores do espectro, a mais luminosa, portanto com valores de claro-escuro mais altos, é o amarelo. A cor menos luminosa, portanto com valores de claro-escuro mais baixos, é o violeta. Pelo meio temos, por ordem decrescente de luminância o cor-de-laranja, o verde, o vermelho e o azul. 

O brilho de uma cor é uma expressão objetiva, por consistir numa medida da energia luminosa (Física), e ao mesmo tempo subjetiva, porque ele é apreciado visualmente, sob influência dos elementos que rodeiam a cor, de acordo com motivações psicológicas em contextos socialmente determinados.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Go For It!

“Moderation? It's mediocrity, fear, and confusion in disguise. It's the devil's dilemma. It's neither doing nor not doing. It's the wobbling compromise that makes no one happy. Moderation is for the bland, the apologetic, for the fence-sitters of the world afraid to take a stand. It's for those afraid to laugh or cry, for those afraid to live or die. Moderation...is lukewarm tea, the devil's own brew.”

Dan Millman (The Way of the Peaceful Warrior)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Paradox, Humor and Change


“Life has three rules: Paradox, Humor, and Change.

- Paradox: Life is a mystery; don't waste your time trying to figure it out.

- Humor: Keep a sense of humor, especially about yourself. It is a strength beyond all measure

- Change: Know that nothing ever stays the same.” 

Dan Millman (Way of the Peaceful Warrior)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Saturação (dimensões da cor #2)


Das três dimensões da cor, a saturação é a que diz respeito à sua pureza. Antes de se misturar com outras, uma cor saturada é forte e viva. 

Na manipulação intencional de tintas, as tonalidades fundamentais do espectro (vermelho-magenta, vermelho-laranja, amarelo, verde, azul-ciano e azul-violeta) são afastadas do seu estado máximo de pureza pela adição de branco, cinzento ou preto. 

Obtemos assim os tons de pastel (mais claros) e aqueles mais densamente escuros (por exemplo usados nas sombras para a sugestão visual de volume).

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Enough For All


"The great humanity is the deck-passenger on the ship
third class on the train
on foot on the causeway
the great humanity.

The great humanity goes to work at eight
marries at twenty
dies at forty
the great humanity.

There is enough bread for all except the great humanity
it is the same for rice
for sugar
for cloth
for books
there is enough for all except the great humanity.

The great humanity has no shade on his soil
no lamp on his road
no glass on his window
but the great humanity has hope
you can’t live without hope."

Nâzim Hikmet

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

No Reasons


“The best reason to paint is that there is no reason to paint… I’d like to pretend that I’ve never seen anything, never read anything, never heard anything… and then make something… Every time I make something I think about the people who are going to see it and every time I see something, I think about the person who made it… Nothing is important… so everything is important.”

Keith Haring

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

An Artist Is...


" What is an artist? For every thousand people there's nine hundred doing the work, ninety doing well, nine doing good, and one lucky bastard who's the artist. "

Tom Stoppard

domingo, 12 de janeiro de 2014

Modernity


" There is a mode of vital experience – experience of space and time, of the self and others, of life’s possibilities and perils – that is shared by men and women all over the world today. I will call this body of experience “modernity.” To be modern is to find ourselves in an environment that promises us adventure, power, joy, growth, transformation of ourselves and the world –– and, at the same time, that threatens to destroy everything we have, everything we know, everything we are. Modern environments and experiences cut across all boundaries of geography and ethnicity, of class and nationality, of religion and ideology: in this sense, modernity can be said to unite all mankind. But it is a paradoxical unity, a unity of disunity; it pours us all into a maelstrom of perpetual disintegration and renewal, of struggle and contradiction, of ambiguity and anguish. To be modern is to be part of a universe in which, as Marx said, ‘all that is solid melts into air’. "

Marshall Berman

sábado, 11 de janeiro de 2014

In the Beginning Graffiti Wasn't Egocentric

«Graffiti is a tool of expression. It allows you to say out loud what other people are thinking. Politics is the opposite: we tell the people what they want to hear in order to control them. Graffiti is the first form of revolt whether it is with inscriptions or drawings during war, riots or revolutions. One should never underestimate the political and social power of graffiti. Graffiti became an egocentric tool much later in history.»

Kidult

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Extra-oficial


"O termo Street Art  é recente se o compararmos com a antiquíssima inquietude de representar um símbolo próprio na parede e passar assim a fazer parte da vida pública. Os textos extra-oficiais, assim como os desenhos nas paredes, receberam várias vezes o nome de graffiti. A origem deste termo é uma reminiscência do vocábulo italiano sgraffire. (...)

Em meados do século XIX – coincidindo com a descoberta de inscrições nos muros de Pompéia – apareceu pela primeira vez a palavra graffiti. Já desde o seu início, um dos traços característicos deste fenoméno foi o seu carácter extra-oficial. Por esta razão, alguns arqueólogos, como Rafaelle Garucci, separaram com absoluta clareza os graffiti da arte oficial. 

Esta distinção condicionou desde o início a maneira de ver tanto a Street Art como os graffiti, que ainda hoje é determinante para a sua aceitação"

Johannes Stahl

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Tagging Around







A textura urbana proporciona múltiplos suportes, o que inspira diferentes formas de assinar ;) 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

STOP!

O empobrecimento de quase todos é para pagar o enriquecimento de alguns.
How many thousands of suffering poor people do we need to make only one millionaire?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

No arranque de 2014...

«Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distância, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para quê tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.»

Charles Chaplin

domingo, 5 de janeiro de 2014

Moradias que combinam luxo com simplicidade


Moradia em zona privilegiada, bons acessos, a apenas 10 minutos do Casino.
Magnífica vista para o mar, Cascais no seu melhor!

Garantia de qualidade 
Dalaiama Street Art Empreendimentos Imobiliários Lda.

Últimas unidades à venda!
Não perca esta oportunidade única!

sábado, 4 de janeiro de 2014

Conjunto habitacional pós-troika


Prossegue a construção do conjunto habitacional pós-troika.
Com desenho arquitetónico cinicamente modesto, mas elegante, é a opção certa para quem procura elevados padrões de conforto e bem-estar, num ambiente de boa vizinhança (sem escumalha) e luxo discreto.
Localização junto ao mar com praia privada. 
Apesar do solo português, insere-se numa zona nobre bem frequentada, em que predominam os idiomas inglês e alemão.
VISITE HOJE MESMO A VIVENDA MODELO.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ano novo, parede nova


Já foi colocada a primeira pedra do mais novo empreendimento imobiliário de 2014.
The first picture of the first 2014 mural.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Espuminha


1. Quase não tinha ainda terminado a comunicação ao país e já o Tribunal Constitucional era acusado, no subtítulo de primeira página do Diário Económico, de «chumbar a convergência de pensões da CGA com a Segurança Social» e a SIC mostrava, em nota de rodapé, que o «chumbo do Constitucional custa[ria] 388 milhões de euros». Ora, como é óbvio, não só o TC não chumbou, de per se, «a convergência de pensões da CGA com a Segurança Social» (mas sim a violação do princípio da confiança inscrita na proposta de Orçamento), como constitui uma escolha jornalística manifestamente enviesada referir que o dito chumbo teria um «custo» de 388 milhões (quando se poderiam referir, na mesma linha, os ganhos para a economia portuguesa que decorrem do alívio da austeridade resultante desta decisão do TC). Por leviandade, simples mau hábito, intencionalidade ou preguiça, os meios de comunicação social continuam, com irreprimível frequência, a reproduzir a narrativa oficial sobre a crise, a austeridade e o programa de «ajuda» externa.

2. Na sequência da decisão do TC assiste-se já, uma vez mais, à discussão sobre o «activismo político» dos juízes, o pendor ideológico anacrónico do Tribunal Constitucional (escamoteando-se a unanimidade da decisão, o facto politicamente mais relevante deste chumbo), ou o seu papel de obstaculização face à necessidade de cumprir, «custe o que custar», os compromissos com a Troika. Não por acaso, o governo escolheu um fato orçamental que estava talhado para não passar pelo crivo do Constitucional. Não por acaso se continua a pretender confundir a análise baseada em princípios e valores (equidade, proporcionalidade, confiança) com opções de natureza política e ideológica. O governo sabe, desde há muito, que só já dispõe de um álibi para justificar o fracasso da sua estratégia de «ir além da Troika»: os chumbos do Tribunal Constitucional.

3. De idêntico modo, está já instalada a discussão sobre o quadro de medidas que permitem «compensar» esta decisão do Tribunal Constitucional. De um lado, as propostas punitivas, que cavalgam o chumbo para justificar o aumento de impostos e o reforço da austeridade. De outro, as propostas alternativas, com contornos fiscal e socialmente «mais justos», ancoradas na necessidade de inverter o desequilíbrio na repartição de sacrifícios entre o capital e o trabalho. E nesse plano ficará, uma vez mais, a contenda política. No nível subparadigmático face ao que seria verdadeiramente importante discutir: faz sentido persistir na fracassada receita da austeridade? Não é hoje claro que esta não resolve, antes agrava, os problemas do país? Continuamos a pretender ignorar os factores estruturais que nos conduziram até aqui e a que a crise de 2008 apenas veio dar expressiva visibilidade? Não aprendemos nada ao longo dos últimos dois anos? Estaremos destinados a assistir, ciclicamente, ao simples confronto entre austeridade «benigna» e «maligna», como quem luta pela posse de um remo enquanto o barco se afunda?


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014 será regado com tinta


Dear Friends wish you all a Happy New Year!!! 
Bright, Colourful, with a lot of street action and full of loads of paint!!! Yeeeeah!!!

ABRAÇÕES AMIGOS!!!