sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A ditadura do pensamento único 3
«À semelhança de uma ideologia dominante, tal qual um líquido, os argumentos do pensamento único infiltram-se por toda a parte, impõem-se como naturais, e são retomados em circuito fechado pelos meios de comunicação de massa de grande audiência (televisão, rádio, imprensa escrita), por uma grande parte das "elites", dos formadores de opinião e dos partidários desse pensamento único.
(...) paradoxalmente, um período de efervescência, crises e perigos de toda a espécie, como o nosso, coincide com um consenso ideológico esmagador, imposto pelos media, pelas sondagens e pela publicidade, graças à manipulação dos signos e símbolos, e ao novo controle dos espíritos.»
Ignacio Ramonet
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O ser social
«A gestação do mundo burguês foi um processo longo, doloroso, uma história de inaudita violência. Cobrindo um espaço temporal multissecular, caracterizou-se pela destruição brutal de antigos modos de vida, pela substituição de modelos anteriores de controle social, pela supressão a ferro e fogo das formas de organização societária precedentes. Seu triunfo, porém, assinalou um formidável avanço na existência humana. É no seu âmbito que se colocam possibilidades antes inimaginadas para a exploração da natureza e a elevação das condições da vida dos homens (...)
Na primeira metade do século 19, o mundo burguês (então assente nas bases do capitalismo concorrencial) se ergue com toda a sua força.
(...)
Ora, é somente quando se instaura a sociedade burguesa que o ser social pode surgir à consciência humana como um ser que, condicionado pela natureza, é 'diferente' dela. Como Marx assinalou, a sociedade burguesa (o capitalismo) "socializa" as relações sociais: estas podem ser apreendidas pelos homens não como resultantes de desígnios e vontades estranhos a eles, mas como produto de sua interacção, de seus interesses, de seus conflitos e de seus objectivos.
(...)
Em síntese: é na sociedade burguesa que os homens podem compreender-se como atores e autores da sua própria história.»
José Paulo Netto
terça-feira, 27 de julho de 2010
EN 377
Com algumas horas de trabalho e 4 litros de tinta aerosol, ergueu-se uma pintura numa casa abandonada na Estrada Nacional 377, a caminho de Alfarim. A obra realizada, no meio do campo, tinha mais de 4 metros e meio de altura. Infelizmente, alguém não gostou de a ver ali e foi coberta por uma insípida tinta branca. Já se sabe, arte urbana (neste caso arte rural Hahaha) é efémera ;)
It took some working hours and ten spray cans to finish this at least 15 foot high painting, in EN 377, the road to Alfarim. Unfortunately it didn't last. Someone overpainted it with no flavour white paint. Well, it's okay; we know urban art (and rural art Hahaha) is ephemeral ;)
sábado, 24 de julho de 2010
Le Monde Diplomatique
Um dos MELHORES JORNAIS DO MUNDO, o Le Monde Diplomatique, na edição portuguesa de Julho, concedeu a Dalaiama a honra da publicação da fotografia de uma obra. É logo na 2ª página (clica na imagem para ampliares e leres o artigo completo).
Quem o conhece sabe que se trata de um jornal interessantíssimo, único na abordagem esclarecida que faz das questões actuais, fundamental nas pistas que fornece para a compreensão crítica do nosso mundo.
Se ainda não o tens, recomendamos que corras a comprar o teu exemplar.
Aqui fica também uma imagem da capa, com o sumário dos temas abordados.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
A chantagem do pensamento único
«As elites que, há muitos anos, se obstinam em elogiar o "pensamento único", exercem uma autêntica chantagem sobre toda a reflexão crítica em nome da "modernização", do "realismo", da "responsabilidade" e da "razão", afirmam o "carácter inelutável" das evoluções em curso, preconizam a capitulação intelectual e lançam nas trevas do irracional todos os que recusam aceitar que o "estado natural da sociedade é o mercado".»
Ignacio Ramonet
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Thursday 22th
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Dalaiama non-stop
terça-feira, 20 de julho de 2010
Capitalistas donos do mundo
«As finanças, o comércio, os média, (...) estimulados pelas novas tecnologias, conheceram uma verdadeira explosão. E deram origem a impérios económicos de um novo tipo que elaboram as suas próprias leis, (...) transferem seus capitais à velocidade da luz e fazem investimentos de um extremo a outro do planeta. Não conhecem fronteiras, nem Estados, nem culturas. Zombam das soberanias nacionais. Indiferentes às consequências sociais, especulam contra as moedas, provocam recessões e dão lições aos governos.»
Ignacio Ramonet
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Azoia
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
At Mercês, Sintra
Às vezes, quando não há alternativa, é preciso aproveitar a única oportunidade que há de atacar um spot e pintar durante o dia, procurando tornear os carros e as pessoas que passam.
Sometimes there's no choice: you have to paint at daylight, even if cars and people keep moving around you. If you have to do it, just do it. But be fast.
domingo, 11 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
Ideas, not just shapes
«Although sometimes it is not easy to separate, I try to focus my work around concepts, not just shapes. I try to find my style like the consequences of my own ideas.
I understand the painting as an exercise of reflection that can be shared with people.
I´m not looking for decorative paintings, I try to wake up viewers' minds.»
Escif (street artist)
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Desprendimento e partilha
Some people think they own public space, but that's a mistake. We can only borrow public spaces for some time. And then let it go. There is always time to share. So what was Dalaiama's exclusive spot became a collective spot. Friends and great writers Pims, Mask e Poker (DS Crew) joined the wall! Respect! ;)
Há quem se iluda julgando ser dono do espaço público, o que é um engano. Se bem que o espaço público não pertença a ninguém, temporariamente pode estar emprestado a esta ou aquela pessoa. No mundo do graffiti e da street art, habitualmente diz-se que a parede pertence a quem a encontrar primeiro. Por isso há quem afirme que este spot estava atribuído a Dalaiama, que o ocupou em Novembro/2008. Mas é sempre tempo de partilhar. É como se ao longo do tempo Dalaiama estivesse a marcar o spot, guardando lugar para os gigantes da linha de Cascais Pims, Mask e Poker (DS Crew) também intervirem. Abraços! ;)
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Origens do mundo burguês
«É na primeira metade do século 19, tendo por palco a Europa Ocidental, que aparecem os pré-requisitos gerais a partir dos quais se articulam as grandes matrizes culturais do mundo contemporâneo. Mais exactamente: entre a preparação ideológica da Revolução Francesa e as sublevações operárias de 1848, emergem os núcleos básicos daquilo a que podemos chamar de razão moderna, com todas as suas diferenças e contradições.
(...)
Na confluência de profundas alterações na maneira de explorar os recursos naturais e produzir os bens (o que se convencionou denominar Revolução Industrial) com uma radical transformação no controle dos sistemas de poder (a revolução burguesa, sob múltiplas formas) surge o mundo burguês.»
José Paulo Netto
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Novo carregamento
segunda-feira, 5 de julho de 2010
A ditadura do pensamento único 2
«Uma economia desembaraçada do obstáculo que representa o social, espécie de ganga patética cujo peso seria a causa de regressão e crise.
Os outros conceitos-chave do pensamento único são conhecidos: o mercado, cuja "mão invisível corrige as asperezas e as disfunções do capitalismo", e, em particular, os mercados financeiros, cujos "sinais orientam e determinam o movimento geral da economia"; a concorrência e a competitividade que "estimulam e dinamizam as empresas, levando-as a uma permanente e benéfica modernização"; o livre-comércio sem fronteiras, "factor de desenvolvimento ininterrupto do comércio e, portanto, das sociedades"; a mundialização (...); a divisão internacional do trabalho que "modera as reivindicações sindicais e baixa os custos salariais"; a moeda forte, "factor de estabilização"; a desregulamentação; a privatização; a liberalização, etc. Cada vez "menos Estado", uma arbitragem constante em favor dos rendimentos do capital em detrimento dos rendimentos do trabalho. E uma indiferença em relação ao custo ecológico.
A repetição constante, em todos os media, desse catecismo (...) confere-lhe tal força de intimidação que ela acaba por sufocar qualquer tentativa de reflexão livre e torna muito difícil a resistência contra esse novo obscurantismo.»
Ignacio Ramonet
domingo, 4 de julho de 2010
Substituição
Após 1.347 utilizações foi necessário substituir o stencil anterior (à esquerda) por um novo (à direita, ainda por estrear). A substituição ainda exigiu algum trabalho. Repare-se como o stencil posto de parte até já retirou a gravata, agora que entrou na reforma ;p
After being used 1.347 times, an old stencil (on the left side) had to give place to a new one (on the right side). We had to spend some time working on that substitution. Now that the old stencil doesn't wear its tie, it's ready for retirement ;p
sábado, 3 de julho de 2010
Parabéns aos noivos! ;D
Sábado é dia de casamento em Sintra. O sol queima lá do alto. Procura-se uma sombra. Em meio à boda tira-se o stencil do porta-bagagens. A parede descascada reflecte agora a alvura do fato do noivo.
Wedding Saturday in Sintra, a couple of hours ago. The fiance was wearing a white suit. Congratulations to the fiances! ;D
Wedding Saturday in Sintra, a couple of hours ago. The fiance was wearing a white suit. Congratulations to the fiances! ;D
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Instruções
quinta-feira, 1 de julho de 2010
A ditadura do pensamento único
«Nas democracias actuais, há uma espécie de doutrina viscosa que, insensivelmente, envolve todo o raciocínio rebelde, inibe-o, perturba-o, paralisa-o e acaba por sufocá-lo. Essa doutrina é o "pensamento único", o único autorizado por uma invisível e omnipresente polícia de opinião pública.
(...)
A arrogância, o desdém e a insolência dessa doutrina atingiram um tal grau desde a queda do Muro de Berlim, o desmoronamento dos regimes comunistas e a desmoralização do socialismo que, sem qualquer exagero, é possível qualificar esse novo furor ideológico como dogmatismo moderno.
O que é o pensamento único? A tradução em termos ideológicos com pretensão universal dos interesses de um conjunto de forças económicas, em particular, as do capital internacional.
(...) por todo o planeta, numerosos centros de pesquisa, universidades, fundações, (...) aprimoram e difundem a boa palavra.
(...) um pouco por toda a parte, os principais mandamentos dessas novas tábuas da lei são retomados por faculdades de ciências económicas, jornalistas, ensaístas, políticos; além disso, por intermédio dos média de grande audiência, são repetidos abundantemente. Sabendo (...) que, nas nossas sociedades mediáticas, repetição equivale a demonstração.»
Ignacio Ramonet
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