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sábado, 30 de abril de 2011

Mexe-te!


«They first came for the Communists, and I didn't speak up because I wasn't a Communist. Then they came for the Jews, and I didn't speak up because I wasn't a Jew. Then they came for the trade unionists, and I didn't speak up because I wasn't a trade unionist. Then they came for the Catholics, and I didn't speak up because I was a Protestant. Then they came for me - and by that time no one was left to speak up.»
«Primeiro, levaram os judeus. Mas não falei, por não ser judeu. Depois, perseguiram os comunistas. Nada disse então, por não ser comunista. Em seguida, castigaram os sindicalistas. Decidi não falar, por não ser sindicalista. Mais tarde, foi a vez dos católicos. Também me calei, por ser protestante. Então, um dia, vieram buscar-me. Mas, por essa altura, já não restava nenhuma voz que, em meu nome, se fizesse ouvir.» 

Martin Niemöller (pastor protestante anti-nazi)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Trabalho com direitos

«Desde cedo o movimento operário se apercebeu que o desemprego (a criação de um exército de reserva de mão de obra disponível) era um dos meios que o capital usava para pressionar a baixa do valor dos salários dos trabalhadores empregados e que a ameaça de despedimento era, para além de todas a justificações circunstanciais invocadas, uma outra forma de condicionar o valor da força de trabalho e de tentar obter o consentimento dos trabalhadores nessa depreciação do seu trabalho.
Só a aceitação acrítica dos dogmas do sistema capitalista podem tornar natural e racionais o poder dos capitalistas nas empresas, na sociedade e no aparelho político do estado, assim como os seus objectivos.
Ao longo do século XX, o trabalho foi gerando direitos; hoje e sobretudo agora com a crise económico-financeira, interna e internacional, o grande patronato faz uma miserável e intolerável chantagem sobre os direitos do trabalho ou sobre o trabalho com direitos, procurando que os trabalhadores, para manterem o seu emprego, sejam obrigados a cederem constantemente direitos.»
Manuel Gusmão

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ovos

«As gaivotas da liberdade e os ovos dos quais estala o capitalismo já foram pintados à frente de centros comerciais. É uma expressão política de esquerda»
Daniel Oliveira

terça-feira, 26 de abril de 2011

Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio

«Somos cidadãos e cidadãs nascidos depois do 25 de Abril de 1974. Crescemos com a consciência de que as conquistas democráticas e os mais básicos direitos de cidadania são filhos directos desse momento histórico. Soubemos resistir ao derrotismo cínico, mesmo quando os factos pareciam querer lutar contra nós: quando o então primeiro-ministro Cavaco Silva recusava uma pensão ao capitão de Abril, Salgueiro Maia, e a concedia a torturadores da PIDE/DGS; quando um governo decidia comemorar Abril como uma «evolução», colocando o «R» no caixote de lixo da História; quando víamos figuras políticas e militares tomar a revolução do 25 de Abril como um património seu. Soubemos permanecer alinhados com a sabedoria da esperança, porque sem ela a democracia não tem alma nem futuro. O momento crítico que o país atravessa tem vindo a ser aproveitado para promover uma erosão preocupante da herança material e simbólica construída em torno do 25 de Abril. Não o afirmamos por saudosismo bacoco ou por populismo de circunstância. Se não é de agora o ataque a algumas conquistas que fizeram de nós um país mais justo, mais livre e menos desigual, a ofensiva que se prepara – com a cobertura do Fundo Monetário Internacional e a acção diligente do «grande centro» ideológico – pode significar um retrocesso sério, inédito e porventura irreversível. Entendemos, por isso, que é altura de erguermos a nossa voz. Amanhã pode ser tarde. O primeiro eixo dessa ofensiva ocorre no campo do trabalho. A regressão dos direitos laborais tem caminhado a par com uma crescente precarização que invade todos os planos da vida: o emprego e o rendimento são incertos, tal como incerto se torna o local onde se reside, a possibilidade de constituir família, o futuro profissional. Como o sabem todos aqueles e aquelas que experienciam esta situação, a precariedade não rima com liberdade. Esta só existe se estiverem garantidas perspectivas mínimas de segurança laboral, um rendimento adequado, habitação condigna e a possibilidade de se acederem a dispositivos culturais e educativos. O desemprego, os falsos recibos verdes, o uso continuado e abusivo de contratos a prazo e as empresas de trabalho temporário são hoje as faces deste tempo em que o trabalho sem direitos se tornou a norma. Recentes declarações de agentes políticos e económicos já mostraram que a redução dos direitos e a retracção salarial é a rota pretendida. Em sentido inverso, estamos dispostos a lutar por um novo pacto social que trave este regresso a vínculos laborais típicos do século XIX. O segundo eixo dessa ofensiva centra-se no enfraquecimento e desmantelamento do Estado social. A saúde e a educação são as duas grandes fatias do bolo público que o apetite privado busca capturar. Infelizmente, algum caminho já foi trilhado, ainda que na penumbra. Sabemos que não há igualdade de oportunidades sem uma rede pública estruturada e acessível de saúde e educação. Estamos convencidos de que não há democracia sem igualdade de oportunidades. Preocupa-nos, por isso, o desinvestimento no SNS, a inexistência de uma rede de creches acessível, os problemas que enfrenta a escola pública e as desistências de frequência do ensino superior por motivos económicos. Num país com fortes bolsas de pobreza e com endémicas desigualdades, corroer direitos sociais constitucionalmente consagrados é perverter a nossa coluna vertebral democrática, e o caldo perfeito para o populismo xenófobo. Com isso, não podemos pactuar. No nosso ponto de vista, esta é a linha de fronteira que separa uma sociedade preocupada com o equilíbrio e a justiça e uma sociedade baseada numa diferença substantiva entre as elites e a restante população. Por fim, o terceiro e mais inquietante eixo desta ofensiva anti-Abril assenta na imposição de uma ideia de inevitabilidade que transforma a política mais numa ratificação de escolhas já feitas do que numa disputa real em torno de projectos diferenciados. Este discurso ganhou terreno nos últimos tempos, acentuou-se bastante nas últimas semanas e tenderá a piorar com a transformação do país num protectorado do FMI. Um novo vocabulário instala-se, transformando em «credores» aqueles que lucram com a dívida, em «resgate financeiro» a imposição ainda mais acentuada de políticas de austeridade e em «consenso alargado» a vontade de ditar a priori as soluções governativas. Esta maquilhagem da língua ocupa de tal forma o terreno mediático que a própria capacidade de pensar e enunciar alternativas se encontra ofuscada. Por isso dizemos: queremos contribuir para melhorar o país, mas recusamos ser parte de uma engrenagem de destruição de direitos e de erosão da esperança. Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio!» O inevitável é inviável - Manifesto dos 74 nascidos depois de 74.

domingo, 24 de abril de 2011

Layers / Camadas

Cortando um stencil e observando com atenção a secção assim produzida, percebe-se as dezenas de camadas de tinta sobrepostas, resultantes de um número incontável de utilizações. 
When we cut a section of a stencil, we see many layers of paint. Then we realize how numerous are the times we have used that stencil.

sábado, 23 de abril de 2011

Secret

«The secret of my influence has always been that it remained secret.»
Salvador Dalí

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nice Future

«I think there are many nice days for street art to come. Despite of this movement existing for more than 35 years now it is only at the beginning of its evolution.»
Blek Le Rat (street artist)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Call For Action

«Understanding the world as a big lab helps to detect the reaction to each action. We are living in a special moment in history. This scenario calls for action.»
DOMA (street art group)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bimimonsters and friends - a colouring booklet

Quem tem crianças deve gostar bastante desta edição online gratuita promovida pelos nossos amigos Bimimonsters. No que a nós diz respeito, foi uma grande honra participar neste projecto doce e democrático :))) O download é possível nos links abaixo. «Bimimonsters proudly presents a new d.i.y. colouring booklet full of drawings and games for you and your children to paint. In this edition you have diferent styles from the following individuals/collectives: Big Dar, ChiyodaWorks, Colante, Crimson Cisa, Dalaiama, freaQ, Mignor, Parkarma, Simis, Suzanne Boger, Wojo, Yatusabes and Bimimonsters. You can have fun painting and playing games all for FREE! Yes, indeed for FREE and available through download here: [Click on one of the links to start downloading] Download the complete booklet [A5] www.bimimonsters.com/colouring_bookletA5.pdf Download A4 [separated pages] www.bimimonsters.com/colouring_pagesA4.pdf Just connect your printer and you are a few minutes away from a world of fun and joy for you and your children. Have fun! Los Bimimonsters Reprint abundantelly for repetion of results.»

terça-feira, 19 de abril de 2011

Stickers Ready to Print #1

Hoje damos início a uma série de publicações que visam responder ao crescente número de pedidos recebidos para obtenção de autocolantes Dalaiama. Quem estiver interessado, pode fazer o download destas imagens. Cada uma delas apresenta-se em alta resolução, pronta para ser impressa numa página A4 (210mm x 297mm), sobre papel autocolante. Depois é só cortar e colar.

Today we begin to publish Dalaiama stickers, ready to print on self-adhesive paper. If you wish, you can print and cut them yourself at your own home. Afterwards, all you have to do is have some fun and spread the message all over the city.

sábado, 16 de abril de 2011

Zezão + Dalaiama (2)

A pintura conjunta com o originalíssimo Zezão vista a partir de novos ângulos.
The artwork with great Zezão again.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Graffiti Protest

«Brazil has a graffiti heritage dating back to indigenous Amazonian rock carvings, but its modern tradition only began over the last fifty years. With its roots in protest, graffiti provided a voice of opposition to Brazil's social and economic problems.»
Tristan Manco

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um fora-da-lei

Cachorro perigoso tem que usar focinheira e tem que ser registrado senão é um fora-da-lei! :p ;)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Zezão + Dalaiama

É uma honra que a passagem pelo Brasil tenha proporcionado a Dalaiama a possibilidade de participar com Zezão, um artista de renome internacional, na construção de um mural conjunto.
In Brazil, Zezão (an internationally known brazilian artist) and Dalaiama did an urban artwork. It's an honour to meet personally Zezão's superb work.

domingo, 10 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Molde recortado

«O stencil, ou molde recortado, que possibilita a visualização na parede das formas a si subtraídas: feito em cartolina, pvc, radiografia, ou qualquer outro material suficientemente resistente, impermeável e fácil de transportar, que permita a reprodução da imagem por diversas vezes e em diversos locais, sendo o stencil o principal responsável que à força das sucessivas aplicações, vai caracterizar a comunicação do seu autor.»
Marta Garcia Alves Barata