sábado, 3 de setembro de 2016
Bombing Countryside
With a little help of GoldenStar, GoVegan and StarCat ;) Thanks to Viver de Luz Crew on beautiful happy sunny days.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
O espaço em volta do momento
"A criatividade estará agora a jogar com o impulso do gesto, a pressão do momento, a capacidade de criar ao mesmo tempo que sente (e pressente) o espaço em volta, a adversidade das múltiplas condições para a acção, o acaso, a velocidade dada à imaginação."
Marta Barata
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Dois pesos e duas medidas
"1. Num relatório recente, a IGF [Inspecção Geral de Finanças] alerta para o facto de o Estado ter atribuído 451 milhões de euros a escolas privadas em 2013 e 2014, «sem conhecer a eficácia de utilização destes dinheiros públicos», «sem confirmar a situação socioeconómica das famílias dos alunos» e dispensando o recurso a «um plano estratégico enquadrador» das «subvenções públicas aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo». [...]
[...]
3. O problema começa desde logo, como bem se sabe, na demissão do Estado quanto à verificação regular e sistemática da efetiva necessidade de celebração destes contratos (situação que apenas agora começou a mudar), e ramifica-se noutras questões: das práticas de seleção de alunos à recusa da matrícula de crianças com NEE; da inflação de notas à criação de turmas fictícias, da ausência de dados sobre o perfil dos alunos à aceitação de crianças e jovens que residem fora das áreas onde, de acordo com a lei, se justifica o contrato. É claro que nem todos os colégios incorrem nestas práticas. Mas também é claro que o Estado se tem dispensado de identificar (e regularizar) os casos de colégios que o fazem.
4. Dificilmente se encontra uma medida de política pública com falhas tão gritantes de acompanhamento, escrutínio e avaliação, como as que se verificam no caso dos contratos de associação. Um demissionismo complacente, gerador de múltiplas desigualdades e injustiças, que está nos antípodas do escrutínio sem limites - a raiar a pura perseguição - daquela que é a medida política, social e mediaticamente mais «vigiada» no nosso país: a da atribuição do Rendimento Social de Inserção a famílias e indivíduos em situação de pobreza."
Nuno Serra
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/08/dois-pesos-e-duas-medidas-o-escrutinio.html
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Brasil: uma injustiça histórica
Quando, no Brasil, este nosso autocolante foi colado sobre um cartaz que procurava cativar apostas em jogos de azar — e naquele país há muitos —, não se imaginava que estas fotografias viessem a ser utilizadas num dia como o de hoje.
Com efeito, 31 de agosto de 2016 marca o momento de uma injustiça histórica. O senado federal brasileiro aprovou, com 61 votos contra 20, a destituição da presidenta Dilma Rousseff democraticamente eleita com 54 milhões de votos.
O seu sucessor, Michel Temer, apresenta-se com um currículo de gestão governativa duvidoso, pois nunca foi presidente de Câmara, nem governador, nem senador. Assume a Presidência da República para aplicar um programa político reacionário que foi recusado nas eleições presidenciais de 2014.
Mais do que a sorte grande ter caído no colo de Temer e do grupo de políticos oportunistas e corruptos que o rodeiam, é toda uma classe social ultraconservadora, habituada a privilégios e injustiças sociais, que toma o poder de assalto.
Ironicamente, Dilma Rousseff, agora afastada, é uma das poucas políticas de alto escalão do país contra a qual não há acusações concretas de corrupção.
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Crony Capitalism
“Naomi Klein among others has called the globalisation era ‘crony capitalism’, revealing itself not as a huge ‘free market’ but as a system in which politicians hand over public wealth to private players in exchange for political support.”
Guy Standing
domingo, 28 de agosto de 2016
Burn
"Oh, take that money watch it burn,
Sink in the river the lessons I learned
Take that money watch it burn,
Sink in the river the lessons I learned
Take that money watch it burn,
Sink in the river the lessons I learned
Take that money watch it burn,
Sink in the river the lessons I learned
Everything that kills me, makes me feel alive"
OneRepublic
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Klikando
Klik e Dalaiama na imensidão da urbe.
KLIK and Dalaiama: together inside the labyrinths of huge Lisbon.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Bem vindo ao mundo!
Todos os dias nascem novos seres humanos. São novas faíscas de esperança.
Quando esta pintura foi produzida, há cinco anos, a criança da fotografia ainda não tinha chegado a este mundo.
No momento em que este desenho apareceu pela primeira vez neste blog, há três anos, já esta pequena pessoa havia adquirido um diminuto — mas delicado e precioso — conjunto de experiências, aprendizados e memórias.
Hoje, passados anos desde a sua realização, a pintura prossegue modesta, porventura esmaecida, mas sempre forte a testemunhar os mistérios do tempo.
Todos os dias nascem novos seres humanos. À sua maneira, cada um deles é especial. Não obstante, há alguns que se mostram desde o primeiro momento merecedores de um Amor distinto. Parabéns aos novos Papás! ;)
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
110
"Desde os seis anos de idade, eu tinha a mania de desenhar a forma das coisas. Aos cinquenta anos, havia publicado uma infinidade de desenhos, mas nada do que produzi antes dos setenta anos de idade merece ser levado em conta. Aos setenta e três aprendi um pouco a respeito da verdadeira estrutura da natureza, dos animais, das plantas, dos pássaros, peixes e insetos. Consequentemente, quando eu tiver oitenta anos, terei progredido mais; aos noventa, desvendarei o mistério das coisas; aos cem, terei atingido um estágio maravilhoso; e, aos cento e dez, tudo o que eu fizer, seja um ponto ou um traço, será vivo.
Escrito aos setenta e cinco anos de idade por mim, que já me chamei Hokusai e hoje sou Owakio Rojin, um velho louco pelo desenho."
Hokusai (1760 – 1849)
"Desde los seis años tuve la manía de dibujar las formas de las cosas. A los cincuenta años ya había publicado infinidad de dibujos, pero nada de lo que hice antes de los setenta merece tomarse en cuenta. A los setenta y tres ya he aprendido algo acerca de la verdadera naturaleza de las cosas, de los animales, plantas, pájaros, peces e insectos. Por lo tanto, cuando tenga ochenta años habré hecho aún más progresos; a los noventa penetraré en el misterio de las cosas, a los cien ya habré alcanzado un estado maravilloso, y cuando tenga ciento diez, todo lo que haga, aunque sólo sea un punto o una línea, tendrá vida.
Escrito a los 75 años por mí, en otro tiempo Hokusai, ahora Owakio Rojin viejo loco por el dibujo."
Hokusai (1760 – 1849)
" Dès l'âge de six ans, j'ai commencé à dessiner toutes sortes de choses. A cinquante ans, j'avais déjà beaucoup dessiné, mais rien de ce que j'ai fait avant ma soixante-dixième année ne mérite vraiment qu'on en parle. C'est à soixante-treize ans que j'ai commencé à comprendre la véritable forme des animaux, des insectes et des poissons et la nature des plantes et des arbres. En conséquence, à quatre-vingt-six ans, j'aurai fait de plus en plus de progrès et, à quatre-vingt-dix ans, j'aurai pénétré plus avant dans l'essence de l'art. A cent ans, j'aurai définitivement atteint un niveau merveilleux et, à cent dix ans, chaque point et chaque ligne de mes dessins aura sa vie propre. Je voudrais demander à ceux qui me survivront de constater que je n'ai pas parlé sans raison."
Hokusaï (1760 – 1849)
"Seit ich sechs Jahre alt bin, habe ich die Manie, die Formen der Dinge nachzuzeichnen. Gegen fünfzig Jahre hatte ich eine unendliche Menge von Zeichnungen veröffentlicht, aber alles, was ich vor dem Alter von siebzig Jahren geschaffen habe, ist nicht der Rede wert. Gegen das Alter von dreiundsiebzig Jahren ungefähr habe ich etwas von der wahren Natur der Tiere, der Kräuter, der Bäume, der Vögel, Fische und Insekten begriffen. Folglich werde ich mit achtzig Jahren noch mehr Fortschritte gemacht haben; mit neunzig Jahren werde ich das Geheimnis der Dinge durchschauen, mit hundert Jahren werde ich entschieden einen Grad von wunderbarer Vollkommenheit erreicht haben, und wenn ich hundertundzehn Jahre zählen werde, wird alles von mir, sei es auch nur ein strich oder ein Punkt, lebendig sein."
Hokusai (1760 – 1849)
domingo, 21 de agosto de 2016
Parque Natural da Arrábida
We've just driven through Arrabida Natural Park, in Setúbal. We loved the beautiful panoramic views ;)
sábado, 20 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Home Sweet Bomb
O ancestral sonho da caverna, o abrigo sem veneno, o aconchego da casa própria.
Subprime 2008 still rocks!
terça-feira, 16 de agosto de 2016
GALP
"Uma palavra: GALP. Uma das privatizações ruinosas para o erário público criou uma concentração de poder privado com impactos públicos, uma das empresas que está no centro do actual debate sobre a tentativa de compra de influência. Há muitas mais em mercados liberalizados. O capital sem freios e contrapesos políticos e sociais que o desafiem e disciplinem politicamente tem sempre a tendência para influenciar o inevitável Estado no capitalismo, que desta forma se torna mais capitalista."
João Rodrigues
domingo, 14 de agosto de 2016
PIMS, The Great
Ao lado de um dos MAIORES, há anos e anos a bombar por todos os cantos da linha: PIMS / DS!!! Ganda honra! Abraçooooos
The one and only PIMS, from DS Crew. Hitting Cascais Line all the way!!! Yeah!!!
sábado, 13 de agosto de 2016
The Whole of Life
“You must understand the whole of life, not just one little part of it. That is why you must read, that is why you must look at the skies, that is why you must sing, and dance, and write poems, and suffer, and understand, for all that is life.”
Jiddu Krishnamurti
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Laboratório de misérias e injustiças
"Os neoliberais austeritários, externos e domésticos, não dão mostras de se afastarem minimamente dos seus objectivos. Para eles, Portugal precisa das políticas e regras que melhor servem o sistema financeiro internacional e os bancos do centro europeu; de ter um exército de mão-de-obra barata para uma economia nacional de serviços e emigrantes exploráveis, mesmo os mais qualificados; de manter o garrote de uma dívida pública que a crise fez explodir e que canaliza capitais para os credores financeiros, não para o bem-estar social. A engenharia social da desigualdade precisa tanto de riqueza como de pobreza. Constrói polaridades, não justiça."
Sandra Monteiro
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Sagrada carta de condução
Euro Divino
iluminai-nos o percurso abrasador
guiai-nos por estradas flamejantes
sujeitamo-nos ao Teu juízo superior
Divino Euro
bom Deus incendiário
Divino Euro
bom Deus incendiário
deixai-nos cair em tentação
que longo ainda é o nosso itinerário
livre de qualquer sanção
livre de qualquer sanção
rumo ao paraíso infernal
Amén.
Amén.
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Sanções, FMI e cegueiras
"Portugal está a ser submetido, há vários anos, a uma experiência de engenharia social. Usando de instrumentos político-institucionais e económicos, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) formaram uma Troika que, aproveitando uma imensa crise financeira internacional e as fragilidades estruturais de economias como a portuguesa, se juntaram aos representantes nacionais do neoliberalismo austeritário para impor, por muito tempo, uma economia estagnada, um desemprego acima dos 10%, uma emigração de mais de meio milhão de pessoas, salários esmagados, protecções sociais e laborais ínfimas, um Estado demasiado empobrecido para garantir serviços públicos, e uma dívida insustentável. Foram bastante bem sucedidos e não dão a experiência por terminada."
Sandra Monteiro
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Sem causar dano
Se a tinta for competentemente aplicada, combinando domínio técnico e gentileza, na generalidade dos casos, podemos efetivamente afirmar que o graffiti altera a imagem exterior da coisa sem afetar a sua substância, ou seja, sem a danificar ou destruir, e também na generalidade dos casos sem a tornar não utilizável, o mesmo é dizer, sem tornar a coisa inadequada a cumprir a função ou fim a que se destina, tal como na situação ocorrida a chave continua capaz de entrar e a porta, tornada objeto estético, ainda pode ser aberta.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Cascais Love
Toda a tinta espalhada pelo nosso Concelho oferece Amor.
Every time we get up we can only express love for our town.
domingo, 7 de agosto de 2016
sábado, 6 de agosto de 2016
Espelho
"Ninguém tem imagem para si mesmo.
São os olhares dos outros que nos inventam o rosto que nunca veremos."
Eduardo Lourenço
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Silvas e escuridão
Literalmente no escuro e de lanterna na mão, esta parede foi pintada pouco a pouco. A iluminação ocasional proporcionada pelo flash, e fotografias parcelares, foram contribuindo para garantir uma visão progressiva do desenho.
Os pés praticamente descalços sobre as silvas tornaram a missão quase heróica, não obstante a pintura em si seja modesta.
;) Mais uma aventura para o livro das memórias...
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Free MineSweeper
Vê bem onde pisas: há um campo minado ao teu redor e tinta no chão!
The free-for-all european game. Download it now!
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
Défice reduzido em 971 milhões de euros
"O défice foi reduzido em 971 milhões de euros no primeiro semestre, ou seja a execução orçamental está a correr manifestamente bem. Contrariamente a outros tempos, a notícia não teve o destaque que seguramente merecia e quando se abordou a questão na comunicação social das duas uma: ou se desvia a atenção para outras questões, tantas vezes sem qualquer ligação directa, ou se procurou desvalorizar o feito recorrendo a conjecturas que redundam invariavelmente numa maquilhagem das contas.
[...] Afinal, contra tudo e contra todos, a "geringonça" não só funciona, como é bem sucedida, em oposição aos anos de Passos Coelho. Afinal a união das esquerdas, apesar das pressões internas e externas, vai colhendo os seus frutos e até as sondagens reflectem o sucesso desta solução política. Não admira pois que Passos Coelho manifeste despudoradamente o seu desespero."
Ana Alexandra Gonçalves
terça-feira, 2 de agosto de 2016
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
quinta-feira, 28 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Stickers Ready to Print #8
Depois de vários pedidos, que com razão chamaram a atenção para o facto de desde há muito tempo não partilharmos matrizes de autocolantes prontas para impressão, aqui oferecemos mais uma página com esse fim. Quem quiser multiplicá-la, está a vontade! Abraços ;)
domingo, 24 de julho de 2016
sexta-feira, 22 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Centro comercial de arte urbana ao ar livre
Quem conheceu a Lisboa expressiva até há poucos anos, com muros intensos preenchidos por uma imaginação fulgurante, em cada esquina uma surpresa, estênceis, cartazes, autocolantes e desenhos de todo o tipo, numa curisidade constantemente renovada, vê hoje com decepção o cenário vazio em que se foram tornando as intervenções controladas, previsíveis, institucionalizadas, reprimidas.
A nova versão de arte pública, apodada de "arte urbana", com todos os méritos que em si encerra, não precisa de eclipsar, por meio da repressão institucional, as manifestações de artes plásticas que acontecem no espaço urbano, livres e cidadãs. Os poderes que promovem o muralismo autárquico e empresarial, são os mesmos que mandam punir autores divergentes, oprimindo e apagando todos os vestígios de expressões alternativas.
O conflito e a censura são desnecessários. Há paredes que cheguem para todos.
Deparamos neste momento com paredes assépticas, intolerantes a desenhos independentes, sobre os quais são aplicadas a rolo manchas homogéneas que removem impurezas — não vá a liberdade de expressão criar maravilhosos momentos de espanto que ofusquem a monotonia dos murais esparsos que caracterizam manifestações restritivas e obedientes.
A paixão pela tinta transformou-se na pintura aborrecida sobre suportes previsíveis. Organizam-se excursões apresentadas como "very typical" para se tirar fotografias ao Amor que floresce com lugar e hora marcada.
A nova versão de arte pública, apodada de "arte urbana", com todos os méritos que em si encerra, não precisa de eclipsar, por meio da repressão institucional, as manifestações de artes plásticas que acontecem no espaço urbano, livres e cidadãs. Os poderes que promovem o muralismo autárquico e empresarial, são os mesmos que mandam punir autores divergentes, oprimindo e apagando todos os vestígios de expressões alternativas.
O conflito e a censura são desnecessários. Há paredes que cheguem para todos.
domingo, 17 de julho de 2016
Suécia adota a semana das 30 horas
"As elites económicas portuguesas não gostam de desafios preferindo situações confortáveis de lucros estáveis preferencialmente com a garantia e apoio financeiro ou regulamentar do Estado.
Por isso proliferam as Parcerias Público Privadas em que o Estado garante a taxa de lucro, os Colégios Privados em que o Estado paga a factura, os monopólios privados da electricidade em que o Estado, via regulador, estabelece preços tais que assegurem lucros elevados, ou os oligopólios privados, como o do retalho, que agem sem controlo.
Deste modo, quando precisam de aumentar a competitividade recorrem à baixa de salários, aos despedimentos, ao aumento da jornada de trabalho com o mesmo ordenado, mas nem assim conseguem competir nos mercados internacionais. É que o investimento, a modernização dos meios produtivos e a melhoria de processos são a única forma, num mundo de ciência e tecnologia, de aumentar, de forma sustentada, a produtividade e a competitividade.
Vem isto a propósito da decisão da Suécia de introduzir a semana das 30 horas, 6 horas dia em cinco dias de trabalho, quando em Portugal os empresários não querem abdicar das 40 horas.
Porque introduzem os suecos a semana das 30 horas?
Segundo fontes patronais, para aumentar a produtividade. É um desafio a que a sociedade se propõe: produzir mais em menos tempo. Um desafio que os empresários abraçam. Estariam os empresários portugueses disponíveis para um desafio destes?
O senso comum duvida muitas vezes da realidade. Não parece evidente que é o Sol que anda à volta da Terra? Também não parece absurdo trabalhar menos e produzir mais? Será possível? A resposta é afirmativa. Tudo passa pelo uso mais eficiente da tecnologia e por uma melhoria dos processos laborais.
Por outro lado, uma situação em que os empregados têm mais tempo para a família e para as suas actividades favoritas também favorece o empenhamento no trabalho que aumenta a produtividade. Essa é a experiência da Toyota de Gotemburgo na Suécia, que há já 13 anos (!) pratica a semana das 30 horas com grande êxito, traduzidos em maiores volumes de vendas e de lucros.
Mas há outras vantagens sociais no estabelecimento de horários de trabalho mais curtos.
Um estudo recente, conduzido à escala mundial, demonstrou que o risco de ataque cardíaco diminui em cerca de 30% entre as pessoas com horários menores o que permite poupanças elevadas no sistema de saúde. Também provado é o maior risco de alcoolismo entre as pessoas que mais horas trabalham.
O maior tempo disponível permite um melhor acompanhamento dos filhos com impacto no sucesso escolar das crianças e um maior apoio aos pais e avós, também reduzindo custos sociais."
Jorge Fonseca de Almeida
sábado, 16 de julho de 2016
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Transpondo disciplinas e fronteiras
"No mundo do saber técnico, na era da ciência e da informação cada porção de arte pode atuar como sopro criador. Ao contrário dos especialistas, dos experts em áreas restritas de saber, o artista transita, transpõe disciplinas, inverte códigos e recria paisagens. Que os saberes atuem misturados, que as fronteiras existam apenas para que se possa passar, que sobreviva a palavra não dita."
Glória Diógenes
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Contra a chantagem europeia!
Toda e qualquer sanção é inaceitável!
O Ecofin – o conjunto dos ministros das Finanças da União Europeia – já autorizou a Comissão Europeia (CE) a avançar com sanções por alegadamente Portugal não ter cumprido o limite do défice em 2015.
Na verdade, se esse défice insignificante de 0,2% existiu em 2015, foi porque Portugal limitou-se, nos últimos anos, a seguir as determinações da própria CE. Portanto é um absurdo que seja precisamente ela a pretender punir-nos. É como se dissessem: "porque vocês fizeram tudo o que nós mandámos e o que nós mandámos estava errado, devem ser castigados."
A CE está a pedir medidas este ano para corrigir o que aconteceu em 2015, quando este ano não precisa de correção nenhuma porque, tal como a própria CE reconhece, o défice vai ficar abaixo dos 3%.
Primeiro o presidente da CE afirmou que a França não pode ser sancionada porque é a França, para depois achar que devia sancionar Portugal por 0,2% que é algo como 0,004% do PIB europeu.
"Dois pesos, duas medidas". Há um tratamento discricionário e autoritário contra o nosso país por parte da CE. Devemos exigir o encerramento do alegado processo de sanções. Nem sequer sanções "simbólicas" são aceitáveis, mesmo essas seriam uma afronta à soberania do nosso país. É preciso resistir à chantagem europeia!
O verdadeiro propósito deste processo de sanções é fazer pressão sobre a atual maioria parlamentar e sobre o próximo Orçamento do Estado, porque a direita não aceita a reversão dos cortes, a reposição de direitos laborais e sociais, em suma, a direita não aceita que se desmascare a falácia cinicamente apregoada de que "não havia alternativa".
Como se vê, existe alternativa sim, basta vontade política para a pôr em prática: uma alternativa política com maiores critérios de Justiça e equidade.
O que pretende a CE, enquanto representante dos interesses do Grande Capital, é que continuemos a vender o país, nomeadamente os setores estratégicos da nossa economia, aos grandes interesses financeiros internacionais, supostamente para pagarmos uma dívida que nem sequer existe.
Portugal não pode continuar de joelhos, aceitando todo o tipo de humilhação e exploração. Esta (des)União Europeia não nos serve!
terça-feira, 12 de julho de 2016
Cérebro Esquerdo, Cérebro Direito
"A metade esquerda do cérebro analisa, abstrai, conta, marca o tempo, planeia cada etapa de um processo, verbaliza, faz declarações racionais baseadas na lógica. Por exemplo: "Dados três números a, b e c, podemos dizer que, se a é maior do que b e b é maior do que c, então a é necessariamente maior do que c". É um enunciado típico da modalidade de pensamento do hemisfério cerebral esquerdo: a modalidade analítica, verbal, calculadora, sequencial, simbólica, linear e objetiva.
Por outro lado, temos uma segunda modalidade de saber: a do lado direito do cérebro. Através dela, "vemos" coisas que talvez sejam imaginárias — que talvez só existam nos olhos da mente — ou relembramos coisas que talvez sejam reais (você é capaz de visualizar mentalmente a porta de entrada da sua casa?). Vemos como as coisas existem no espaço e como as partes se unem para formar o todo. Usando esta maneira de raciocinar, compreendemos metáforas, sonhamos, criamos novas combinações de ideias. Quando algo é complexo demais para ser descrito, podemos lançar mão de gestos comunicativos. O psicólogo David Galin costuma usar um exemplo favorito: tente descrever uma escada em espiral sem fazer o gesto de espiral. E, utilizando a modalidade-D, somos capazes de desenhar imagens daquilo que percebemos."
Betty Edwards
segunda-feira, 11 de julho de 2016
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