Adormecemos a noite fria. Com o solstício de inverno teve início um novo verão.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
do Brasil
Adormecemos a noite fria. Com o solstício de inverno teve início um novo verão.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Hello My Name Is Dalaiama
What can be more appealing to a writer than a "Hello my name is..." sticker? Since its launch in the 1960's by Stanton Avery company, it's been used in seminars and discussion groups to encourage participants to get to know one another. It had success among writers who have been using it since the 1970's.
This sticker may not be famous for its artistic merit, but it's a classic one ;)
domingo, 27 de dezembro de 2015
Paulo Macedo: o criminoso
"[...] passando de fininho sob os pingos da chuva está o ministro Paulo Macedo. Empurrado pelos privados, o antigo gestor dos seguros de saúde do Millenium BCP entrou no governo de Pedro Passos Coelho com a missão de fazer entrar o SNS em total ruptura para levar o máximo número de cidadãos para o privado. Durante 4 anos, ditando a sua lei de completa desregulação, Macedo, castigou a saúde como se não houvesse amanhã, promovendo o aumento das taxas moderadoras nos hospitais para valores mais altos do que as mensalidades que algumas seguradoras do ramo oferecem. Criou uma autêntica situação de ruptura nos hospitais distritais, enfiando para lá todas as especialidades e valências que tinham sucesso e um comprovado atestado de eficiência em hospitais menores, eficiência que se perdeu nos primeiros fruto de uma constante diminuição (ele chamava de racionalização) no número de camas existentes para internamento, item no qual Portugal tem, actualmente, um dos piores registos da OCDE. Pelo meio encerrou urgências e criou situações de cuidados básicos de proximidade que não são pura e simplesmente capazes de dar respostas a problemas que necessitem por exemplo de uma simples operação. Curioso é, pensar, que grande parte dessas alterações foram realizadas no interior em concelhos que distam a 50 ou mais quilómetros do hospital mais próximo.
Macedo, especialista na arte de cortar, desmotivou profissionais clínicos de todas as maneiras e feitios. Ora pelos cortes salariais que empurrar milhares de médicos e enfermeiros para os privados. Ora pela criação subita do médico à peça ou do médico tarefeiro, profissional que, trabalhando aqui e ali ao dia, acaba por não ser um profissional entrosado nas equipas médicas onde é chamado a trabalhar e tampouco se sente motivado para promover qualidade no atendimento. [...] os cortes de Macedo levaram a situações como a do David, um jovem de 29 anos que morreu durante um fim-de-semana no Hospital de São José porque o SNS achou que a racionalização começa na falta de meios e na falta de profissionais durante 24 horas por dia. Porque Macedo acreditava que uma morte sai bem mais barata ao Estado do que o pagamento de um clínico de especialidade. Porque Macedo, noutros casos que bem conhecemos durante o inverno de 2014\2015 não se importou de ver gente a morrer nas urgências à espera de uma consulta e no caso dos doentes de Hepatite C, o Estado não podia gastar o que fosse preciso para salvar uma pessoa que durante uma vida trabalhou para ter direito ao seu bem mais básico: a saúde.
A História do David é triste. [...] À responsabilidade (jurídica) de Paulo Macedo, num país onde este tipo de criminosos continua a viver de rosto alegre, impune a todos os actos maldosos que cometeu."
João Branco
sábado, 26 de dezembro de 2015
Extinguir as PPP
"Defendemos a afirmação da propriedade social e do papel do Estado na economia com a reversão das privatizações e a recuperação para o sector público dos sectores básicos estratégicos, constituindo um Sector Empresarial do Estado forte e dinâmico, onde se inclui a necessidade do controlo público dos sectores estratégicos da nossa economia. [...]
O que impõe a reversão de empresas privatizadas e a travagem e inversão dos processos de subconcessão e subcontratação, reunificando o que foi desmembrado. Nomeadamente: a CP unificada modernizada e pública assegurando a exploração, as infra-estruturas e o material circulante, e a ligação a todas as capitais de distrito; a TAP como empresa de bandeira e pública, o controlo do espaço aéreo pela NAV e a reversão da ANA para o sector público; a modernização das infra-estruturas, equipamentos e exploração dos aeroportos e dos portos; a dinamização portuária no Estuário do Tejo, como é o caso do Barreiro; recuperar a natureza pública da rede rodoviária, reverter a fusão das Estradas de Portugal e da REFER na Infraestrutura de Portugal (IP) e travar a sua privatização, extinguir as PPP [Parcerias Público-Privadas] e desenvolver a rede viária regional."
Vasco Cardoso (membro da Comissão Política do PCP)
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
L'Aidolem
"– Immaginavo che sarebbe stato belissimo, perché lo sentivo che tu eri diverso.
Hai qualcosa di strano.
– Sì, la sento, la sento. Aspetta.
Adesso voglio farti sentire la mia luce su tutto il tuo corpo.
– Si, è belissimo, bellissimo. Cos'è l'orgasmo in confronto a questo? Niente. Niente. Però adesso basta, basta; ho paura. Ho paura che questa luce possa spappolarmi il corpo. Ti prego, fermati. Fermati. Non reggo più la tua luce.
– La senti, la senti, senti la mia luce su tutto il tuo corpo.
– Sentii lentamente l'Aidolem, così si chiama, e allora mi sentivo meglio, perché sembra che se non senti l'Aidolem bisogna andare in un altro posto."
Dario D'Ambrosi
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Enriquecimento fraudulento à nossa custa
Desde 2007 os portugueses têm alimentado as fraudes impunes dos magnatas do setor financeiro. Fortalecemos as negociatas criminosas da minoria abastada que vive acima das nossas possibilidades. E, estupidamente, fazemo-lo gratuitamente, a fundo perdido, sem contrapartidas.
Nestes últimos anos a ajuda pública ao setor financeiro corresponde já a 7,3% do Produto Interno Bruto, o equivalente a um ano inteiro de cobrança de IVA!
Em Portugal, os trabalhadores, que são os verdadeiros criadores de riqueza, enterraram até agora 13 mil milhões de euros nos bancos (no BPN, no BES, no BPP, nas recapitalizações da CGD –- que teve de absorver perdas avultadas do BPN --, etc., acrescentando-se ainda os juros sobre todas estas despesas...).
O nosso dinheiro, entregue de mão beijada, não se evaporou. Alguém ficou com ele. É assim tão difícil encontrar, julgar e condenar os ladrões, que são as figuras conhecidas que toda a gente sabe quem são?
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Ambiente sendo monitorado
Continuamos surpreendidos com a grande quantidade de empresas de segurança que procuram proteger os bens materiais de quem os possui. No Brasil, há ainda uma muito assinalável multidão de excluídos.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Sobrevoando o céu diurno
Thanks to our friend David we've got a daylight picture of this spot. Nice motorcycle, by the way ;)
domingo, 20 de dezembro de 2015
Mergulhemos! ;)
O verdadeiro espaço privado encontra-se na propriedade mais íntima de cada um de nós. Entre os órgãos e os sentidos, os tijolos de ossos e as paredes de carne, há um oceano de consciência onde aguardam ser descobertas rochas profundas formadas por dúvida, sal, dor e clarividência.
sábado, 19 de dezembro de 2015
Cultos no colégio Getúlio Vargas
Neste país deveras religioso, multiplicam-se os cultos e as igrejas. Segundo o último censo demográfico do IBGE, em 2010 o Brasil contava com 45 religiões diferentes.
Getúlio Vargas, por sua vez, foi presidente do Brasil de 1930 a 1945 e novamente de 1951 a 1954. Com uma tão proeminente e longa carreira política, é expectável que o seu nome seja atribuído a incontáveis ruas e avenidas, bem como a várias instituições, desde hospitais a escolas,...
E não deixa de ser uma coincidência que este governante se tenha despedido da vida disparando um revólver contra o próprio peito e legando a frase: “Serenamente, dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.” Pois não terão as religiões precisamente o papel de melhor fazerem os seres humanos lidarem com a morte, prometendo-lhes a eternidade?
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Brazilian CCTV
São enormes as desigualdades sociais naquela que é considerada a sétima nação mais rica do mundo.
É pois natural que proliferem as empresas especializadas em segurança privada.
Frequentemente fica-se a saber que "o ambiente está sendo filmado".
Ainda assim, lá fomos conseguindo fintar as câmeras e colar uns amigáveis autocolantes ;)
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
All Individuals Into A Gigantic Marketplace
“It is only in its era of monopoly that the capitalist mode of production takes over the totality of individual, family, and social needs and, in subordinating them to the market, also reshapes them to serve the needs of capital. . . . How capitalism transformed all of society into a gigantic marketplace is a process that has been little investigated, although it is one of the keys to all recent social history.”
Harry Braverman
domingo, 13 de dezembro de 2015
O Estado somos nós
"[...] estamos perante uma absoluta prioridade: virar a página da austeridade. Isso significa recuperar investimento, devolver rendimentos às famílias, reverter negócios ruinosos, dignificar as relações de trabalho, capacitar os serviços públicos, investir no Estado social, concretizar políticas de protecção social. Virar a página da austeridade é um programa muito mais limitado e muito mais ambicioso do que possa parecer, o que significa que a extensão da sua concretização vai depender muito de como for entendido por quem o aplicar. O que, por sua vez, depende da mobilização que as forças políticas e sociais, da rua aos locais de debate e ao Parlamento, forem capazes de fazer nos próximos anos.
Porquê mais limitado? Porque parar com a austeridade, revertendo as políticas dos anos da Troika, é condição necessária mas não suficiente para avançarmos: apenas nos coloca no patamar anterior, certamente de menor sofrimento, desigualdade e injustiças, mas, por si só, incapaz de evitar o estado (e o Estado) a que chegámos. A trajectória de empobrecimento e desigualdade da sociedade portuguesa está em marcha há bem mais de uma década. Ela assenta na tal engenharia de reconfiguração dos Estados e das sociedades que tornou países como Portugal particularmente frágeis a choques assimétricos (externos e internos). Já existia quando o primeiro-ministro Cavaco Silva declarou que um curso superior ou os cuidados de saúde são investimentos de cada um em si próprio, devendo ser pagos por cada um. O resultado foi a elitização do ensino superior, a privação de cuidados de saúde (e a opção por serviços privados, propositadamente embaratecidos) ou a culpabilização dos pobres por flagelos como a obesidade, a diabetes ou o consumo excessivo de anti-depressivos. Porque não foi nada disto revertido?
[...]
Seja como for, a emergência é agora. E virar a página da austeridade, por tudo isto, é também um projecto ambicioso. O país está hoje mais endividado, com a dívida pública perto dos 130% do produto interno bruto (PIB) – um recorde absoluto. O défice pode não ficar abaixo dos 3% já este ano e as metas futuras continuam a ser altamente improváveis. O país está mais pobre, mais desigual (é já o mais desigual da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico, OCDE), mais desempregado e mais precário do que nunca, e o investimento caiu para valores de há trinta anos. A sangria dos contribuintes para salvar bancos ameaça estender-se a mais bancos privados. A austeridade não cumpriu nenhum dos objectivos com que enganou tantos cidadãos – mas cumpriu a sua agenda verdadeira. A União Europeia e os credores financeiros ainda não mostraram ao novo governo português – mas mostraram ao grego –, a margem de manobra que tencionam aceitar para a prossecução de políticas de esquerda, mesmo moderadas como estas são. Das suas respostas dependerá a ilegalização (ou não) das políticas da social-democracia no espaço da União e do euro.
Tudo isto vai estar em causa no período que agora se abre. A esperança no regresso de políticas alternativas à austeridade implica que tenhamos consciência de que a nossa sociedade tem estado a ser reconfigurada, a partir do Estado, de alto a baixo e que é necessário um movimento que imponha uma outra «reforma estrutural», desta vez de esquerda. Ela não poderá depender apenas de um governo que terá de gastar boa parte das suas energias num combate em instituições externas. O Estado somos nós? Então sejamos ramos em que floresçam cravos."
Sandra Monteiro
sábado, 12 de dezembro de 2015
Postgraffitismo
"Lo scopo fondamentale del Postgraffitismo dovrebbe quindi essere la spinta all’attivismo sociale e politico. Le varie forme della Street Art tentano di creare negli individui la consapevolezza che un mondo migliore è possibile. Raggiungere il successo significherebbe rovesciare il sistema attuale, abbattere le strutture del capitalismo e della globalizzazione, che sta provocando la rovindo dell’ambiente e aumentando il divario tra Nord e Sud del mondo. In primo luogo, occorre convincere il pubblico, cioè l’insieme di persone che vede una qualche manifestazione artistica abusiva, a riappropriarsi degli spazi e farne un uso democratico, non imposto dall’altro. Per ottenere questo risultato, la Street Art transforma il linguaggio commerciale e aziendale in un linguaggio di protesta e opposizione contro l’invasione pubblicitaria.
(...)
Inoltre, questa tendenza dell’Urban Art porta in sé un ulteriore messagio, o meglio, un ideale. La grande collaborazione, solidarietà e stima reciproca tra i vari artisti raresentano un chiaro invito al rispetto della diversità, alla contaminazione e alla multiculturalità. (...) è un mezzo di sensibilizzazione e di educazione alla toleranza."
Claudia Galal
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
What A Mess!
No frenesim das noites clandestinas, a pressa ardente de pintar e sair do spot antes que a polícia chegue, faz com que as latas de tinta se acumulem desordenadamente aos pés do banco do pendura.
When hitting the spot we must paint fast, so fast that the used cans are chaotically thrown on the floor of the car. Later, there'll be plenty of time to clean all that mess.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
1980's
Desde os anos 80 em ação! Décadas de experiência militante! Em oposição às paredes acépticas da moda conveniente, Dalaiama Street Art é "a solução alternativa mais estável, coerente e credível." Apresentámo-la ao presidente da República e o Cavaco concordou.
Born to rock the wild urban life! Since the 80's we've been hitting the streets, it's been a long journey...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Cultura e libertação
"A cultura é uma das formas de libertação do homem. Por isso, perante a política, a cultura deve sempre ter a possibilidade de funcionar como antipoder. E se é evidente que o Estado deve à cultura o apoio que deve à identidade de um povo, esse apoio deve ser equacionado de forma a defender a autonomia e a liberdade da cultura para que nunca a acção do Estado se transforme em dirigismo."
Sophia de Mello Breyner Andresen (in Assembleia Constituinte, Agosto de 1975)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Sinking Sun
"Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
So you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death."
Pink Floyd
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