domingo, 16 de setembro de 2018
Femicídio
Há sinais de que o feminicídio em Portugal vem crescendo. No ano passado inteiro foram contabilizadas 20 mulheres mortas por seus ex-cônjuges, cônjuges atuais ou por familiares próximos. Pois 2018 ainda não terminou e, desde o início do ano até 12 de setembro, pelo menos 21 mulheres já tiveram o mesmo fim (*).
Tem aumentado também o nível de violência e o sofrimento que é infligido às vítimas nos momentos anteriores à morte. Pela primeira vez em quinze anos o recurso a armas de fogo é esporádico. Têm predominado outras formas de assassínio, igualmente cobardes porém mais brutais, como o esfaqueamento, a asfixia, o espancamento e a tortura.
É lamentável e grave que estes crimes de ódio ainda sejam olhados com displicência pelos poderes institucionais e pela sociedade em geral. Para esse desrespeito muito contribuem os preconceitos e as representações sociais que menorizam a condição feminina.
(*) dados do Observatório das Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).
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