Os povos europeus desejam alguma mudança, é o que se depreende dos resultados ainda provisórios das eleições de ontem para o Parlamento Europeu (PE), cuja composição dos 751 assentos e relação interna de forças alterou-se.
Pode-se afirmar que os maiores derrotados são os socialistas e os populares. Até aqui, em conjunto, estas forças detinham a maioria dos votos. Perderam essa hegemonia ao elegerem menos deputados. No caso do Partido Popular Europeu (PPE), 37 a menos (dos 217 agora serão 180). Os Socialistas & Democratas (S&D) perderam 42 deputados (eram 187 e agora serão 145).
A Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa elegeu mais 41 deputados (passou dos 68 para os 109), tornando-se a terceira força política no PE.
Assinale-se a ascenção dos Verdes, que passaram de 52 deputados para 69, com votações destacadas no Reino Unido, Irlanda, França e Finlândia.
Igualmente cresceu o número de eurodeputados da extrema-direita. Para esse aumento foram decisivas as opções eleitorais dos franceses com Marine Le Pen e dos italianos com Matteo Salvini. No entanto, esta família política não se fortaleceu tanto quanto se chegou a temer por não ter alcançado resultados especialmente expressivos na Alemanha (a Alternative für Deutschland — AfD — ficou-se pelos 10,5%), Holanda (o partido de Thierry Baudet, elegeu três deputados porém não venceu as eleições) e Áustria.
A esquerda (Confederal Group of the European United Left/Nordic Green Left — GUE/NGL) deve somar 39 votos no PE.
Sem comentários:
Enviar um comentário