segunda-feira, 28 de outubro de 2019
O nome e nada mais
"[...] escreveu o nome, não escreverá mais, fica o nome para se saber que o dono daquele nome não escreveu mais do que o nome, nem uma palavra mais, e depois, a diferentes horas, cada um dos outros, com o mesmo gesto da mão grossa e escura, afastou o caderno e houve uns que o fecharam, outros não, deixaram-no aberto para que o nome fosse a primeira coisa a ser vista quando os viessem buscar, e nada mais."
José Saramago, Levantado do chão, Lisboa: Editorial Caminho, 1980, p. 157.
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