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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A fortuna dos mais ricos aumentou 17,8% em 2011


«Decididamente, não vamos todos no mesmo comboio. A austeridade tem vítimas e beneficiários e só estes últimos podem falar da crise como uma grande oportunidade − de negócio, pois claro, assente em mudanças político-institucionais que partem dos poderes públicos e lhes dão luz verde. Os beneficiários da austeridade são aqueles para quem a maioria da população está a transferir, a uma escala e velocidade cada vez maiores, os rendimentos do seu trabalho e o tempo da sua vida que devia ser dedicado ao descanso, ao lazer, a projectar futuros. Que enquanto isso todo um país mergulhe na recessão, seja cada vez mais desigual e socialmente injusto não lhes altera o rumo. É o drama de uma sociedade que aceita gerar ricos e não riqueza: arrisca-se a ficar parada assistindo à acumulação e a perder os meios da redistribuição.»


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crew L há poucas horas






A Crew L, desta feita representada por Eusboço e Dalaiama, voltou a intervir, colando cartazes no Monte Estoril.
Eusboço and Dalaiama, Crew L mates, hit Monte Estoril with posters just a few hours ago.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vítimas de pilhagem


«Portugal e a Grécia (...) são membros de uma espécie de federação, disfuncional e incompleta, assente numa separação letal entre política orçamental e política monetária, colocados na dependência de instituições centrais que parecem só existir para favorecer a pilhagem financeira e não para realizar, entre outras operações de política económica que deveriam estar institucionalizadas, as transferências orçamentais entre "regiões" que partilham a mesma moeda. Abdicámos dos atributos centrais da soberania democrática sem os recuperar à escala europeia. Este é o nosso problema europeu e a questão é saber se o conseguimos resolver no quadro do euro.»

João Rodrigues

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A falência do Capitalismo

«A repetição, segundo Hegel, tem um papel crucial na história: se alguma coisa acontece uma única vez, pode ser descartada como acidente, algo que poderia ter sido evitado se a situação tivesse sido conduzida de modo diferente; mas quando um mesmo evento se repete, é sinal de que está em curso um processo histórico mais profundo. Quando Napoleão foi derrotado em Leipzig em 1813, pareceu má sorte; quando foi derrotado outra vez em Waterloo, ficou claro que seu tempo acabara. Vale o mesmo para a continuada crise financeira. Setembro de 2008 foi apresentado como anomalia que podia ser corrigida com melhores regulações e controlos; hoje, quando se acumulam os sinais de uma constante falência financeira, já é evidente que estamos a lidar com um fenómeno estrutural.»

Slavoj Zizek

sábado, 24 de setembro de 2011

Just Passion

«There's no financial reward to this, it's just about the passion of expressing yourself in public space and the empowerment of that.»

Shepard Fairey 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lista de Spots #1


Estivemos a inventariar os lugares passíveis de receber uma intervenção dalaiamiana nos próximos tempos, desde o Estoril, passando por São Pedo do Estoril, até à Parede. É preciso estratégia e planeamento.

This is our spot's list. In a big area, from Estoril to Parede, there are many places that can receive an artwork from Dalaiama.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Thousands of Euros




Ao longo dos anos já gastámos milhares de Euros a distribuir Arte nas ruas gratuitamente. As mais de 150 latas de aerossol, esvaziadas apenas neste último Verão, agora jazem inertes dentro do contentor de reciclagem.

Through the years we have spent thousands of Euros offering Art in the streets for free. Only in the last few Summer months we have used more than 150 spray cans! All of them are now inside a recycle bin.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Muito trabalho




Este tem sido um período muitíssimo absorvente. Andamos a restaurar vários estênceis que apresentavam desgaste decorrente do seu muito uso. Entretanto vamos aproveitando para desenhar e cortar novos estênceis. São muitas horas de trabalho todos os dias, roubamos horas ao sono para o tempo chegar para tudo. As ruas merecem :)

These have been an intense working time! Every day we spend hours repairing old stencils and drawing and cutting new ones.
When it's necessary we sleep less than we should, just in order to get it done!
The streets of the World deserve it ;)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cabo Espichel

Enfim estamos em condições de exibir uma imagem desta pintura obtida quando o Sol ia alto no céu.

We finally can show an image of this painting obtained under the Sun.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Euros e pássaros por quê? (parte 1)


Uma das perguntas que mais ouvimos, vezes e vezes sem conta, é: qual o significado da iconografia do Dalaiama? Por quê os pássaros? Por quê os euros? Por quê o boneco de boca aberta (e por quê é que nunca a fecha)? E as flores? E os corações?...

Bem, hoje vamos tentar responder a isso de modo a não precisarmos estar a repetir as mesmas ideias de cada vez que nos perguntam.

Quem nos pergunta sobre o significado do nosso imaginário, sabe, através da troca privada de mails, que ouve como resposta: «tu estás a perguntar, mas nós devolvemos-te a pergunta: o que é que tu vês no nosso imaginário?» Com toda a cordialidade as pessoas respondem-nos, cada uma à sua maneira, e nós sorrimos agradecidos por aquela partilha. A curiosidade por parte do público que frui a street art dalaiamiana é grande, porém igualmente grande é a nossa curiosidade em saber como é que as pessoas recebem essa arte.

As respostas que nos dão às vezes aproximam-se umas das outras mas, noutras ocasiões, são surpreendentemente diferentes e interessantíssimas no que trazem de novo. Cada indivíduo vê as coisas à sua maneira. E é assim que deve ser. Respeitamos todos os pontos de vista. Todas as respostas estão certas.

Todas as respostas estão certas?! Como é possível?!

Sim. Porque o nosso entendimento do espaço público é de que o que ali acontece é fruído por todos e a todos pertence. Como os grupos são constituídos por indivíduos, a apropriação de significados acontece colectiva mas também individualmente. Acreditamos que todas as pessoas são inteligentes e sensíveis, portanto capazes de formular juízos coerentes sobre os objectos estéticos que os rodeiam. Nós respeitamos esse conhecimento que cada indivíduo transporta. Não elitizamos. Cada cidadão interpreta o mundo, e a Arte que o integra, munido da sua própria vivência, acrescentando ao que vê os seus próprios conteúdos culturais, políticos, poéticos, ideológicos... Por que razão dir-se-ia que determinada interpretação é mais correcta do que a outra? Frequentámos à saciedade universidades e pós-universidades e com toda a propriedade podemos dizer que várias vezes foi mais interessante ouvir o que tem a dizer o varredor de rua do que a leitura sobranceira de um catedrático. Não estamos a advogar uma oposição ao estudo e à aquisição de conhecimentos. Na verdade, ler e aprender são dos actos mais essenciais na nossa passagem por este planeta. Simplesmente as coisas não devem ser empoladas, deve ser-lhes dado o seu devido valor, que é sempre muito relativo. Quanto ao estudo puramente académico, é nossa opinião que não basta revestir um pêssego com pele se ele não tem carne ou nem mesmo caroço. 

A Arte Urbana, como nós a entendemos, é uma oferta à comunidade. Se é oferta, cada um pode e deve entendê-la à sua própria maneira. Analogamente, faria sentido alguém receber um livro, por exemplo, e juntamente com esse livro uma lista limitada de interpretações possíveis? Não é nosso propósito dizer às pessoas o que elas devem pensar. Para isso já existe a avalanche de publicidade e propaganda ideológica com que nos cruzamos sempre. Nós não somos doutrinadores. Não condicionamos os modos de ver. Todos os entendimentos são bem-vindos. Haja imaginação! E assim deve ser a rua, espaço de debate colectivo, de diversidade, de reflexão, de respeito pelas opiniões alheias, de manifestação colorida e convivência democrática. 

Naturalmente, nós temos a nossa própria leitura, que resulta na intenção do que é expresso. É flagrante que no nosso discurso há mensagem. Não nos resumimos à produção vazia de adornos urbanos. Isso é claro para todos. As pessoas interrogam-se acerca das possibilidades dessa mensagem, mas todas concordam que ela existe e que é, a um só tempo, política e poética. Somos movidos pelo desejo de comunicar e de inspirar questionamentos. Praticamente não usamos palavras e é assim que deve ser. Produzir Street Art não é o mesmo que escrever um panfleto. O texto visual segue percursos de significação próprios em dimensões autónomas. A nossa Arte Urbana existe menos para apresentar perguntas e mais para levantar interrogações. As respostas? Cada um é capaz de encontrar as suas.


We always listen to the question: «what is the meaning of your Street Art? What for is the dove/bird? What's the reason of the guy wearing a tie? Why do you draw euros, and flowers, and hearts, and etc? What's the meaning of all that?» People who made that question have heard the answer: «We are also curious about your point of view. What do you see there, in the birds, in the euros, in that guy with an open mouth, etc?» People have been kind enough to tell us their thinking and we are grateful for what they share. Believe it or not, there are so many different and amazing answers that it's always a nice surprise to read them!

And which are the right answers? Actually, we consider they are all right. Then you may say: «how is it possible?! There should be only one right answer!» Well, we don't think so. Indeed, we do Street Art because we want to communicate something, that is clear, it's obvious we do not choose to do empty and merely allegorical Urban Art. Just we don't own the only truth, we don't intend to tell people what they should think, what they should do, how they should read our message. People are free. We believe everybody is clever and sensitive. We don't think Art is something exclusive to any kind of elite. Thus, everybody can find a coherent meaning for the Art they come across in the streets. And it's ok.

We do Street Art as an offer that everyone can democraticly access. It's a gift, after painting we artists don't own it anymore. It's nonsense to tell people how they should interpret something that belongs to them.

Every minute we are bombed with advertisement and ideological propaganda telling us where to go, what to buy, who to be, how to behave... We're fad up with it! Definitely that's not the role of Street Art.

People should claim the streets to express themselves, also they should claim the right to interpret for themselves what is expressed in the streets. It's up to us, citizens, to decide how to read this book called Street Art. People own the streets, what includes the meanings of what you can find there. 

For sure, people realise we do Street Art for political and poetic purposes. We achieve our goals when people realise that. That's enough for us. We are not writing a political leaflet, we very seldom use words, we don't need them. We know visual talking has its own power and autonomous speech. It's positive to see citizens ask, but we're not here to give the answers. If you have questions, we believe you can find your own answers.

domingo, 11 de setembro de 2011

Fosso entre ricos e pobres


«Calcula-se que hoje em cada cem dólares que circulam pelo mundo, noventa e oito são da especulação financeira e apenas dois respeitam à actividade produtiva propriamente dita, portanto nós temos aqui uma alteração radical das condições que existiam há vinte, trinta anos atrás. Isto é evidentemente a lógica do capitalismo. Nunca houve grupos económicos tão concentrados e tão poderosos como há hoje. As dez maiores empresas multinacionais do mundo, têm um volume de vendas superior à soma dos PIB's de todos os países da América do Sul. O fosso entre ricos e pobres nunca se agravou tanto.»

António Garcia Pereira

sábado, 10 de setembro de 2011

Darwinism is merely ideological

 
«I am absolutely convinced of the lack of true scientific evidence in favour of Darwinian dogma. Nobody in the biological sciences, medicine included, needs Darwinism at all. Darwinism is certainly needed, however, in order to pose as a philosopher, since it is primarily a worldview. And an awful one, as george Bernard Shaw used to say.»

Dr. Raul Leguizamon, M. D., Pathologist, and a professor of medicine at the Autonomous University of Guadalajara, Mexico

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Neoliberalismo catastrófico


«O fervor ideológico de Vítor Gaspar na política orçamental de austeridade, a que se junta a política monetária recessiva conduzida a partir de Frankfurt, vai mesmo levar-nos ao fundo. Qualquer economista que não esteja possuído pelos dogmas da "economia da oferta", e pelas ideias de Milton Friedman, sabe que o governo não vai travar o crescimento da dívida porque nenhum governo controla as receitas públicas. Esperam-nos sucessivos cortes na despesa e aumentos nos impostos à medida que a receita fiscal deixa de ser cobrada em resultado da recessão.


Não haverá exportações que nos salvem. Os resultados do défice no primeiro trimestre deste ano (7,7%) ilustram bem a dinâmica para o abismo que já começámos a percorrer. O que virá a seguir vai depender da forma como o povo português assimilar a dolorosa experiência da Grécia.


Mas também vai depender da capacidade dos que estão conscientes deste desastre em fazerem-se ouvir no espaço público para confrontar (...) propagandistas do neoliberalismo com a sua ignorância, sectarismo ideológico e a grande responsabilidade que têm pela falta de pluralismo de opinião dos órgãos de comunicação.»

Jorge Bateira

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Spread Your Wings






« Spread your wings and fly away
Fly away far away
Spread your little wings and fly away
Fly away far away
Pull yourself together
'Cos you know you should do better
That's because you're a free man »

Queen