«O acto agressivo assume, então, um sentido: de defesa de um espaço de reprodução, de uma ninhada que urge proteger das presenças ameaçadoras de rivais e predadores, de um ponto de abrigo essencial à sobrevivência ou à maximização da probabilidade dessa sobrevivência, de uma fonte de alimentos, de uma estabilidade interna e de uma segurança do grupo no caso das espécies sociais, etc. Na natureza, a agressão nunca é gratuita, e raramente desordenada; não há guerra na natureza, embora haja conflito permanente, como condição do próprio equilíbrio das espécies e da sobrevivência.
No entanto, para a compreensão do que a etologia nos diz sobre o sentido funcional da agressão, é necessário frisar que, ao contrário do que se tem afirmado, os etólogos estão longe de pretender, com a reabilitação da agressão, justificar a violência, a agressão desordenada, ou até a guerra, na espécie humana.»
Luis Soczka
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