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«Mas a violência física também existe. O facto de o capital não a utilizar de forma regular não quer dizer, no entanto, que ela não exista. Em Portugal, como na maioria dos países ditos democráticos, o Estado detém o monopólio da violência. Possui as Forças Armadas profissionais - ou mercenerizadas -, detém a polícia, controla o aparelho judicial e determina a produção legislativa. Toda esta estrutura faz, historicamente, parte do núcleo central do Estado burguês. E é ele a ferramenta que condiciona toda a existência da sociedade porque serve de aparelho repressor daqueles que detêm os meios de produção. A grande diferença, nos dias de hoje, é a de que a luta da classe trabalhadora e a ascensão dos projectos socialistas no século XX obrigaram os Estados capitalistas a recuar e a assumir uma vertente social. Tanto é assim que após o fim do bloco socialista no Leste da Europa os Estados capitalistas se lançaram, novamente, na ofensiva e na eliminação de direitos conquistados por gerações inteiras de trabalhadores.»