«Quando se fala de visão não se fala apenas da capacidade de olhar (...). Nós podemos passar dias seguidos numa certa rua, sensíveis visualmente ao aspecto global dessa rua, sem tomar consciência de muitos dos sinais e características particulares dessa parte do meio urbano. De certa maneira, podemos então dizer que o nosso olhar funcionou ao nível das sensações, e mesmo das percepções, mas que não tivemos uma consciência visual profunda de lugar. Ver é mais do que isso. Ver é ir ao encontro das coisas, é a coordenação consciente dos diferentes olhares, das diferentes sensações, das diferentes percepções, das próprias memórias que nos informam os actos e as escolhas. Ver é escolher e é julgar. Ver é compreender.»
Rocha de Sousa
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