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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A cidade não totalitária nem definitiva



"Os limites do corpo, a percepção dos corpos como invólucros separados dos demais, definidos nas suas formas e funções, curiosamente,  coincide com o esforço de se projetar e pensar as cidades na condição de entidades físicas, afora os afetos e intensidades que perfazem e desfazem seus usos. Por tal razão, retomando Barthes (1999, p. 223), toda cidade tem uma carga semântica, um conflito entre significação e função que provoca o desespero nos urbanistas. Os desenhos do rosto das cidades, que se perfilam diante do olhar dos planejadores urbanos, escondem rugosidades e marcações de usos não consentidos, não projetados.

[...] A cidade confunde seus signos, certamente, para não se explicar de forma totalitária e definitiva. Em movimentos diastólicos, mesmo distante de uma imagem organicista, a cidade se dissolve e se materializa, incessantemente."

Glória Diógenes e Alessandra Oliveira

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