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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Le Monde Diplomatique









Quem nos conhece sabe que há muitíssimo tempo lemos o Le Monde Diplomatique. Há décadas que o jornal existe, não obstante a edição em língua portuguesa (Portugal) seja para os leitores um privilégio com pouco mais de dez anos. 

Os textos deste mensário são de alta qualidade: livres, inteligentes, verdadeiramente independentes, ousados, descomprometidos, não prestam favores aos poderes instituídos, manifestam um conhecimento profundo e bem fundamentado no tratamento dos temas (o que legitima uma crítica esclarecida e esclarecedora).

O Le Monde Diplomatique, ao contrário da imprensa dominante, pratica um jornalismo livre. 

Os orgãos de comunicação social habituais mais não são do que empresas de notícias. Os seus proprietários existem como uma minoria de patrões que se contam pelos dedos de uma mão e que se constituem como os verdadeiros donos da informação. Eles concentram o poder de decisão sobre o que é ou não publicado e o modo como é analisado.

A repetição de notícias incompletas, controladas e tendenciosas esconde técnicas subtis de censura e propaganda com a finalidade de controlar as massas e fabricar consentimento. A desinformação fomenta o medo e a desconfiança entre os cidadãos, dividindo-os, gerando conformismos, imobilismos e subserviências a uma classe dominante, bastante minoritária, que os explora. Opiniões alternativas, frequentemente muito bem fundamentadas, são amordaçadas. Impõe-se assim um pensamento único, conservador e autoritário no debate de ideias sobre a possibilidade de construção de uma sociedade mais solidária e justa. 

O conjunto dos cidadãos passa então a aceitar os processos de dominação como sendo naturais, esquecendo que os sistemas económico-sociais são inventados e produzidos pela ação humana, não são «naturais», muito menos imutáveis. Com efeito, o ser humano distingue-se dos demais animais por ser capaz de construir as suas próprias condições materiais de existência. Por exemplo, se a necessidade biológica de alimento é «natural», o modo como se organiza socialmente a produção e a distribuição dos alimentos não é nada «natural», resulta sim de decisões e opções político-ideológicas protagonizadas pelos seres humanos.

Nada é definitivo, os sistemas e as sociedades transformam-se pela ação dos agentes sociais e a história humana faz disso prova.

Os orgãos gigantes da comunicação social dominante são conduzidos por jornalistas subjugados, subservientes ao patrão que os ameaça de despedimento caso não capitulem. Disfarçados de democráticos, formam e envenenam as opiniões coletivas, visando controlar os comportamentos e assegurar que os cidadãos se mantêm afastados da vida pública.

Neste quadro, o Le Monde Diplomatique vem recordar-nos que é possível respirar uma verdadeira liberdade de expressão!


É por isso que de cada vez que o Le Monde Diplomatique publica imagens Dalaiama, vivemos a sensação de nos ter sido concedida a honra de poder participar na força militante de pessoas esclarecidas que, todos os dias, se empenham na construção de uma sociedade melhor, apostada no bem comum. 

As folhas que aqui apresentamos (em particular as páginas 16, 19 e 21) foram publicadas em Julho/2012.

Aproveitamos para lembrar que a edição de Janeiro/2013 já está disponível nas bancas. Comprar o Le Monde Diplomatique é defender causas nobres!



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