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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Hoje tal como no Fascismo (há portugueses que emigram, há outros que lucram com essa emigração)


"Nos anos 60, o Estado português e os seus grupos económicos resolveram viver também da exportação da força de trabalho, dando como alternativa a 1,5 milhão de pessoas – mais de 10% da população – a emigração: saiam, trabalhem como robôs na Renault, mandem para cá divisas. Divisas que entre outras coisas alimentaram a pujante economia de guerra, que levou ao colapso o orçamento público mas fez taxas de crescimento que brilhavam nos olhos de Champalimaud ou dos Mello, chegaram a ser de 10%! Não há nada na economia que diga que o colapso das contas públicas não possa viver lado a lado com a pujante riqueza de algumas contas privadas.

(...)

Já sabemos que a crise vem da transformação da crise privada em dívida pública. Antes do empréstimo do FMI, em 2008, a dívida era de cerca de 70% do PIB. Agora é de 130%. [Portanto cresceu, com as ajudas à Banca e depois com o próprio empréstimo.] O resgaste virou assim um sequestro. Entretanto, por juros da dívida, parcerias público-privadas e mercantilização do Estado social, os trabalhadores reformados foram expropriados do seu salário e pensão, enquanto algumas empresas (Mota Engil, EDP, Portucel, Grupo Mello, entre outras) regressaram aos lucros. Mas para que estas regressassem aos lucros, os Portugueses sofreram a segunda maior queda salarial de toda a OCDE."

Raquel Varela, historiadora 

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