Quando, no Brasil, este nosso autocolante foi colado sobre um cartaz que procurava cativar apostas em jogos de azar — e naquele país há muitos —, não se imaginava que estas fotografias viessem a ser utilizadas num dia como o de hoje.
Com efeito, 31 de agosto de 2016 marca o momento de uma injustiça histórica. O senado federal brasileiro aprovou, com 61 votos contra 20, a destituição da presidenta Dilma Rousseff democraticamente eleita com 54 milhões de votos.
O seu sucessor, Michel Temer, apresenta-se com um currículo de gestão governativa duvidoso, pois nunca foi presidente de Câmara, nem governador, nem senador. Assume a Presidência da República para aplicar um programa político reacionário que foi recusado nas eleições presidenciais de 2014.
Mais do que a sorte grande ter caído no colo de Temer e do grupo de políticos oportunistas e corruptos que o rodeiam, é toda uma classe social ultraconservadora, habituada a privilégios e injustiças sociais, que toma o poder de assalto.
Ironicamente, Dilma Rousseff, agora afastada, é uma das poucas políticas de alto escalão do país contra a qual não há acusações concretas de corrupção.
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