«Aumentam a indignação e a mobilização populares e, com elas, as esperanças de um movimento generalizado de resistência à barbárie.
Ao mesmo tempo, surgem também as tentativas de deflectir a indignação e a revolta para alvos que assegurem a manutenção do status quo: os imigrantes, que supostamente estão na origem da deterioração da situação dos nacionais; os funcionários públicos, que supostamente gozam de regalias indevidas; as gerações mais velhas, que supostamente quiseram tudo e enquistaram nas posições alcançadas. Dividir para reinar: nacionais contra estrangeiros, trabalhadores do sector privado contra funcionários públicos, precariado jovem contra as gerações anteriores.
Conhecemos a estratégia e não nos deixamos enganar por ela. Jovens precários, desempregados, imigrantes, funcionários públicos ou trabalhadores em geral, a nossa luta é a mesma: contra a desigualdade, contra o abuso, por uma sociedade decente. Se temos um inimigo, são as elites medíocres que beneficiam deste estado de coisas e os ainda mais medíocres apaniguados que articulam o discurso que convém a estas. Por isso estaremos na rua no dia 12 e, depois, no dia 19. E não pararemos por aí.»
Alexandre Abreu
Alexandre Abreu
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