"Cortar as asas à liberdade sindical para desmantelar a TAP engolindo esse valor para remunerar capitais falidos através do pagamento de juros da dívida - é isso que iria ser feito ao dinheiro que entraria da privatização. O Estado, utilizando toda a sua força, não em defesa da ética do bem público, da gestão dos bens comuns, mas contra quem trabalha. A consequência é o fim da TAP, é o isolamento maior do país porque grande parte dos voos passarão por Madrid, é a politica de destruição criadora - cria juros, destrói riqueza. (...) Se se concretizar esta privatização vai ser um acto ilegítimo, e realizada com base num princípio ilegal, uma requisição civil - que só pode ser legalmente feita já em greve e quando os serviços mínimos não são cumpridos. Se possível a democracia, se necessário a ditadura, em suma. Não estamos ainda em ditadura - é óbvio e as palavras não podem ser usadas sem critérios históricos - mas estamos claramente numa deriva semi bonapartista em que quando os trabalhadores demonstram toda a sua força em defesa do bem público, o Estado avança com a força bruta. Esperemos que a greve se realize e que a TAP não seja privatizada. Porque agora já não é só a TAP que está em causa, é o direito à greve."
Raquel Varela
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