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segunda-feira, 23 de março de 2015

Tonalidade VERDE


Tal como acontece com o azul, as múltiplas e sutis variações dentro da família dos verdes, levam a um grande número de nomeações, procurando cada uma autonomizar a sensação psicológica provocada por cada variação específica. Eis algumas: verde-folha, cinza-oliva, turquesa, verde-bétula, verde-petróleo, verde-primitivo, verde-primavera, verde-maçã, verde-lago, verde-garrafa, verde-espinafre, verde-bronze, verde-cedro, verde-cloro, verde-água, verde-abeto, cáqui, terra-verde, verde-azulado, verde-alface, verde-cádmioverde-escuro, verde-esmeralda, verde-pálido, verde-máquina, verde-menta, verde-semáforo, verde-sapo, verde-veneno, verde-sujo, verde-sólido, verde-vitória, verde-turmalina, verde-veronês...

Cada Artista espontaneamente possui uma determinada paleta de matizes que mais caracteriza a sua obra. No nosso caso e no que respeita à tonalidade genericamente designada de verde, os valores de claro-escuro oscilam, sendo mais comuns os baixos do que os altos. A saturação é quase sempre forte, procurando-se que, mesmo quando a tinta se afasta da sua pureza e/ou seja aclarada, ela conserve a intensidade. Há ainda a particularidade de os tons verdes por que optamos serem primos do azul ou, se menos saturados, aproximarem-se da cor do musgo (aquilo que, na mistura de tintas, se obtém pela adição de um pouco de magenta ao verde). 

De resto, é notório que o verde não é a cor que mais utilizamos. Costuma ser secundarizado, as mais das vezes servindo apenas para refrescar o quadro, ou mais detalhadamente para conter o ímpeto vigoroso e o poderio abundante dos tons quentes. Se combinado com o vermelho e por via do contraste de complementares, o verde deliberadamente cumpre a função de acentuar a potência rubra.

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