Hoje, finalmente, Aníbal Cavaco Silva, o homem pequenino que nunca esteve à altura do cargo que ocupa, resolveu a crise política que ele próprio criou. Depois de caprichosamente muito protelar, indicou o Secretário-Geral do PS, António Costa, para Primeiro-Ministro.
Recorde-se que a direita perdeu as eleições legislativas de 4 de outubro.
Este atraso de seis semanas na definição de um novo governo, de esquerda, deveu-se à cumplicidade administrativa e ideológica de Cavaco. O Presidente da República protegeu assim os seus amigos do PSD e do CDS-PP, gente que governou Portugal durante quatro anos e meio de modo cruel e incompetente. Prolongou no poder uma direita moribunda que, mesmo em regime de gestão, continuou a tomar decisões graves, erradas e ilegítimas, tais como o fecho de onze serviços médicos de urgência e a privatização da transportadora aérea portuguesa.
Teremos agora um governo socialista, apoiado pelo milhão de votos à esquerda que elegeu para a Assembleia da República os deputados da Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) e do Bloco de Esquerda.
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