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segunda-feira, 24 de março de 2008

4000

Após cinco anos de uma guerra ilegal, de uma invasão imperial que afectou milhões de civis iraquianos, hoje atinge-se oficialmente a fasquia dos 4000 norte-americanos mortos desde a invasão do Iraque. Já são praticamente 30000 feridos.

E se não fossem estes números em desfavor dos EUA é caso para nos perguntarmos se existiriam as dúvidas que hoje há sobre a eficácia desta guerra criminosa. Os americanos importar-se-iam com as mulheres que violam no Iraque, com as torturas e os assassinatos, com as crianças traumatizadas, com as famílias desfeitas, com as vidas destruídas pelo caos que o Ocidente levou à região?

Para todos os efeitos, é uma guerra feita em nosso nome, em nome dos nossos valores.Foi de resto oficializada por George W. Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso em território português. Ou já nos esquecemos da Cimeira das Lajes? Não nos responsabilizamos?

Por mais normal que seja o nosso dia-a-dia, por mais centros comerciais que visitemos, por mais despreocupados que estejamos uma vez que aqui não rebentam bombas, há sempre mundo para além do nosso umbigo, há mais planeta para lá da nossa vista imediata. Não há tinta que cubra o sangue derramado.

http://www.flickr.com/photos/dalaiama

3 comentários:

Nei Duclós disse...

Essa guerra dura mais do que a Segunda Grande Guerra. Chega! Muito boa sua análise.

Rita Nery disse...

Enquanto existirmos haverá guerra certamente, somos o ser mais execrável à face da terra.
Gosto muito de graffiti, acho que é uma forma de expressão muito inteligente, daí que poucos a compreendam. As pessoas têm medo de julgar a arte como arte, tão somente pela sua ignorância...portanto será mais fácil ficar do lado para onde as opiniões pendam mais.
Quanto aos piercings, também associados à nossa liberdade de expressão e de fazermos com o corpo o que bem nos aprouver, não tenho nada contra...eu também tenho...mas acho que como em tudo na vida, devemos ter limites, devemos ser comedidos nos nossos actos e atitudes. Gostava de acreditar que as pessoas não precisassem de normas para saberem viver, mas de facto no limite as leis são necessárias.

Beijinhos

Rita Nery

Maria Cota disse...

Obrigada pela sua visita ao meu Pechisbeque e pelos amáveis comentários!:)
Tomei a liberdade de adicionar os seus blogs à minha lista de favoritos.
Sou completamente fascinada por arte urbana, uma linguagem decisiva para compreender a era contemporânea e toda a sua profunda complexidade.
Quanto à guerra no Iraque, é de facto assustador constatar que a loucura dos líderes mundiais não conhece limites. A cimeira das Lajes foi, sem dúvida, a cimeira da nossa vergonha.
Após 5 anos, o Iraque está esventrado, ferido, torturado, despojado e a esperança parece habitar um horizonte longínquo.
Ontem noticiavam também a pilhagem de 15.000 obras de arte do Museu de Bagdade pelos ocidentais! Who else? Pelos vistos, aquele país já tão martirizado nem sequer tem direito a ter memória histórica e a perpetuá-la...Dá que pensar, de facto!

Um abraço,
Ana Cota