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domingo, 29 de maio de 2011

Vota PCTP-MRPP!!!

Estamos precisamente a uma semana da eleição dos 230 deputados que constituirão a próxima Assembleia da República Portuguesa. Como é natural, por trás da figura do Dalaiama Street Art está um cidadão (quando não mais de um) que também vota. Aliás, desde que há duas décadas adquiriu o título de eleitor nunca prescindiu do seu direito de ser consultado, tendo participado em TODAS as eleições e referendos. Esse cidadão declarou recentemente que entregará o seu voto ao PCTP-MRPP. E fá-lo-á com convicção, tanto mais que, na nossa opinião, a conjuntura actual o exige. Essa declaração podia não ter sido feita, mas foi e não há mal nisso.
Quem não concordar, eu respeito.
Então espero que vote no Bloco de Esquerda ou na CDU, se optar pelas forças partidárias já com assento na AR, ou no POUS ou no Partido Pelos Animais e Pela Natureza (PAN), se optar pelos partidos ainda sem assento na AR. Sobre este último partido, só lamento a sua confusão ideológica, uma vez que não se assume como sendo de esquerda nem de direita, porque é aquela força partidária que, na minha opinião, introduz no debate uma causa essencial ao Ser Humano no caminho da sua evolução, que é o necessário respeito pelos animais. As pessoas não precisam de se tornar vegetarianas (se bem que quem assisir a este elucidativo vídeo talvez reconsidere a sua posição), mas respeitar os animais é essencial nesta nossa breve passagem pelo planeta Terra.
Por fim, se não quiser votar em nenhum dos partidos citados, eu lamento, mas respeito à mesma. Pessoalmente tenho amigos (que curiosamente desconhecem, como a maior parte das pessoas que lida comigo no dia-a-dia, a minha identidade clandestina de artista urbano) que já me declararam a sua simpatia pelos partidos da Troika venenosa (PS, PSD, CDS-PP); esses três partidos degladiam-se pelo poder, mas OS TRÊS, chegando ao governo, levarão por diante o MESMO PROGRAMA, aquele assinado com a tenebrosa Troika externa, BCE, CE e FMI. Portugal piorará bastante (ainda mais). Não obstante, em relação a estas pessoas, independentemente das suas opções políticas, respeito-os à mesma. Tenho naturalmente os meus defeitos, mas considero-me bastante tolerante e verdadeiramente democrata.
Por fim, o povo não deve pagar uma dívida que não foi ele que contraiu. Olho pessoalmente para mim mas também à minha volta e, vinte anos no mercado de trabalho nunca nos trouxeram senão remunerações baixas, contratos precários ou nem sequer a existência de contratos, enfim, a impossibilidade de fazer planos que não a curtíssimo prazo, a integração numa sociedade sem solidariedade, sem projecto colectivo. Em suma, Portugal em 2011 faz os seus cidadãos depararem-se com uma existência sem existência. Dizem-nos que devemos pagar uma alegada dívida... Mas que dívida é essa? Por acaso tê-la-emos contraído na azáfama dos salários baixos e dos empregos precários? Então por que é que não vivemos melhor? Dizem-nos que andamos a viver acima das nossas possibilidades... Mas como é possível? O sofrimento social que se tem imposto está acima das nossas possibilidades? Quer dizer que há uma situação, supostamente mais de acordo com as nossas possibilidades, ainda mais abaixo, com condições de vida ainda mais degradantes? Não creio. No que estou convicto é que alguém é que tem andado a viver acima das nossas possibilidades e agora quer nos apresentar a conta de uma dívida que eles contrairam, não nós.
Algumas pessoas, naturalmente conduzidas por um genuíno sentido de honradez, afirmam: isso não é bem assim, se temos uma dívida é justo que a paguemos. É justo que façamos sacrifícios. Ora, fazer sacrifícios é deixar de jantar fora de vez em quando, é reduzir as idas ao cinema, ao teatro, é abster-se de comprar livros de quando em vez. Quem tem um empregozito mais ou menos seguro até considera a possibilidade de se prestar a esses sacrifícios para pagar uma dívida que, repito, não é sua, não é do povo português. Porém, aquilo que se está a pedir a uma fatia enorme da população portuguesa, que vive de falsos recibos verdes, de empregos precários, de vidas exploradas, não são sacrifícios, é mais do que isso: pedir a alguém que renuncie ao trabalho e ao pouco rendimento que tem, e por conseguinte, ao carro, à casa, aos cada vez mais frágeis apoios sociais, À DIGNIDADE, não é pedir sacrifícios. É muito mais do que isso. É roubar-lhes o que resta da vida.
Vote-se em que se votar, é de defender o voto contra os partidos da troika interna (PS, PSD, CDS-PP) que aceitam submeter-se aos desmandos da troika externa (CE, FMI e BCE). Votar contra esses partidos é, sem fundamentalismos, equacionar todos os outros que se dispõem a rasgar acordos (cada um à sua maneira) que nos conduzem à ruína e à guerra social. O PCTP-MRPP tem, nesse sentido, uma posição muito clara: o povo português não tem que pagar uma dívida que não contraiu. Também por isso voto e conto com a eleição do dr.Garcia Pereira.
Enfim, o que acontecer nestas eleições, acontecerá. A vida flui. A luta continua!
(O texto completo está no facebook)

2 comentários:

Telmo Alcobia disse...

muito bem. Já merecia um tempo de antena

the dear Zé disse...

meu, faz o que tens a fazer, o que e´ mesmo preciso e fod## os partidos do arco do governo, a nossa troika domestica, antes que eles nos fod## completamente a nos.
e concordo com essa tese do masoquismo judaico/cristão, esta gente e´ doida e gosta de beijar a mão do dono que os espanca...

abraço