Há espaços no tecido urbano ao alcance da fruição estética de todos. No entanto, esses espaços são considerados do domínio exclusivo de alguns: proprietários privados, empresariais, institucionais... Enfim, poucos reclamam para si a manipulação imperial do que pertence a todos.
Tantas vezes os olhos colectivos visitam lugares desprezados, maltratados, decadentes, esquecidos, sem que alguém lhes acrescente beleza e dignidade.
É neste contexto que surgem os stritartistas*.
Cidadãos inconformados, personalidades de modos honestos, verdadeiros artistas imbuídos de uma generosa noção do belo, tomam a iniciativa de investir do seu tempo, dinheiro e energia em prol do deleite da comunidade.
Fazem-no, diversas vezes sob condições árduas, em ambientes de escassez e sobranceria, combatendo a privação e a incompreensão.
Vencem por fim os desafios, com justiça, porque é soberana a missão de partilhar com o mundo o que os olhos pensam, a mente vê e a inteligência aprecia.
*street artists
http://www.flickr.com/photos/dalaiama
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