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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O desemprego e os números mentirosos do governo


"Quem já não procura emprego há mais de seis meses também é eliminado das estatísticas. E assim com menos 300 mil emigrados, mais de 170 mil a fazer cursos de formação e mais uns largos milhares que já desistiram de procurar emprego, o desemprego comprime-se, compacta-se, é combatido e esmagado.

[...] A diretora-geral do FMI há-de começar mesmo a interessar-se pelo assunto e quererá novos dados, quantitativos e qualitativos. Quanto aos quantitativos, há de ficar espantada como um Governo que esperava mais de 17% de taxa de desemprego para este ano, já reduziu a sua pessimista previsão para pouco mais de 14%. Ficará, então, interessadíssima em saber como tal foi possível, que reformas foram feitas que deram tais resultados.

Alguém lhe terá então de explicar – ela seguramente chamará o dr. Vítor Gaspar, que é seu subordinado [...] Gaspar, de forma propositadamente lenta para ela perceber bem, dir-lhe-á o seguinte: em primeiro lugar, é preciso subir em 1/3 os impostos e cortar em 2/3 a despesa pública. Num segundo momento, é necessário subir os impostos em 2/3 e em cortar 1/3 na despesa. É também importante deixar disparar o desemprego [...] É igualmente importante que se diga ao povo que emigrar é uma grande oportunidade – e esperar que o bom povo perceba, emigrando de forma significativa. [...] A cereja em cima do bolo é colocar o Instituto de Emprego e Formação Profissional a fazer imensos cursos de formação. Como se sabe (a dra. Lagarde não sabe), quem está a fazer um curso de formação profissional deixa de contar para o desemprego."

Nicolau Santos

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